Idiotas sempre serão idiotas. Infelizmente eles estão por aí, sempre estiveram e não vão deixar de existir. Tem idiota no trânsito, tem idiota no ambiente de trabalho e, claro, também tem idiota na arquibancada de um estádio de futebol.
Tinha um desses no El Madrigal, estádio do Villarreal, nesse final de semana, em duelo entre o time da casa e o Barcelona. Aos 30 minutos do segundo tempo, o lateral brasileiro Daniel Alves se preparava para cobrar escanteio quando, a sua frente, foi lançada uma banana vinda da arquibancada, ato racista tristemente recorrente na Europa. Não pensou duas vezes, pegou a banana, descascou-a e mandou para dentro. A fruta, famosa pelo combate a cãibra, parece ter ajudado. O time do brasileiro virou o jogo com direito a assistência de Dani.
Talvez ele não tenha percebido a importância daquele gesto no combate ao racismo no esporte e de um modo geral. Espontâneo, gritou para o mundo que contra idiotas, ignorar as vezes é o melhor remédio. Argumentar é perda de tempo quando a ignorância alheia é extrema.
Após o jogo continuou usando do humor para criticar seu agressor. Através de sua conta no twitter lembrou que seu pai sempre lhe aconselhou a comer bananas para se prevenir das cãibras.
Seu companheiro de Barcelona e grande amigo Neymar, que não estava em campo por questão física, também foi no Twitter elogiar a atitude do jogador. Postou uma foto com uma banana em mãos, junto com seu filho, que segurava um “bananão de pelúcia”. Neymar pediu também para que todos que se solidarizaram com a causa postassem fotos semelhantes. Não demorou para que a internet ficasse infestada de fotos de pessoas segurando ou comendo o símbolo, quer dizer, a fruta. Famosos e anônimos.
Também no Twitter a presidenta Dilma Rousseff também aderiu a campanha. Se não mandou foto, twittou mais de uma vez, declarando seu apoio ao jogador e elogiando sua resposta, que classificou como “ousada”, além também de fazer campanha contra o racismo na Copa do Mundo.
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