O juiz apita o final de jogo, o Brasil é campeão do mundo pela primeira vez após vencer a Suécia por 5 a 2. O zagueirão, em técnica e porte, Bellini, capitão da seleção, é convocado para posar para as fotos com a taça em mãos e, afim de tornar o símbolo da conquista mais visível, levanta os braços sobre sua cabeça e ergue a Jules Rimet.
Hoje o gesto é repetido não apenas por boleiros. Tenistas com troféus, escritores com premiações, atores com Oscars… Mas Bellini foi o primeiro, na conquista de 1958, criou o gesto que ficaria eternizado.
Hilderaldo Luís Bellini faleceu nesta quinta-feira (20), aos 83 anos. Há 10 anos, o ex-jogador lutava contra o Mal de Alzheimer, que lhe tirou a fala há três anos. Seu estado piorou ainda mais nos últimos dias e, recentemente, teve que ser internado na UTI de um hospital paulistano com um quadro de parada cardíaca e apneia.
O ex-atleta iniciou sua carreira em sua terra natal, Itapira (SP), no clube Itapirense. Foi no Vasco, onde chegou em 1952 e jogou até 1961, que Bellini ficaria famoso. Pelo clube carioca, conquistou dez títulos, entre eles três estaduais e um Rio-São Paulo. Também jogou por cinco anos no São Paulo, mas não conquistou nenhum título. Pela seleção brasileira, além da Copa do Mundo de 1958, conquistou também a Copa de 1962 e duas edições da Copa Roca.
Na edição da Brasileiros de julho de 2008, Ruy Castro se encontrou com Bellini. O bicampeão mundial falou sobre Pelé, sobre o Brasil, Copa do Mundo e, claro, a taça, seu gesto, seu legado para o mundo.
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