Interpol emite alerta vermelho para seis dirigentes ligados ao futebol

Uma das poucas imagens de Marguiles, durante a Copa América de 2007, na Venezuela - Foto: Reprodução/ perfil.com
Uma das poucas imagens de Marguiles, durante a Copa América de 2007, na Venezuela – Foto: Reprodução/ perfil.com

A pedido da Justiça dos Estados Unidos, a Interpol emitiu um “alerta vermelho” nesta quarta-feira (3) para a prisão de dois ex-dirigentes da Federação Internacional de Futebol (Fifa) e quatro executivos acusados de extorsão, conspiração e corrupção. Entre os procurados está o empresário argentino naturalizado brasileiro, José Margulies, dirigente da empresa Valente Corp. e Somerton, e dois ex-vice-presidentes da entidade máxima do futebol mundial: Jack Warner, de Trinidad e Tobago, e Nicolaz Leoz, do Paraguai – que foi presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) por décadas.

O alerta vermelho da Interpol significa que os governos dos países que possuem nomes na lista devem procurá-los e extraditá-los aos Estados Unidos, já que a ação faz parte da investigação conduzida pelo Departamento de Justiça norte-americano. O alerta, chamado de red notice, não tem força de mandado de prisão internacional.

O argentino Alejandro Buzarco, dirigente da empresa de marketing esportivo Torneos y Competencias, também está na lista, que inclui ainda seus compatriotas Hugo Jinkis e Mariano Jinkis, dirigentes da empresa Full Play Group S.A., do mesmo ramo.

José Marguiles nasceu em Buenos Aires, em 1940, mas veio para o Brasil com 23 anos, onde se naturalizou. É irmão de Marcus Lázaro, falecido em 2003, que fez fama na década de 60 como empresário de artistas consagrados, como Roberto Carlos e Chico Buarque. Sua empresa, a Valente Corp. e Somerton, reúne direitos de transmissão de eventos esportivos e trabalhou por cerca de 20 anos diretamente com J.Hawilla, dono da Traffic, do mesmo ramo de atuação e que também está sendo investigada pelos EUA. Segundo o processo, Marguiles intermediava contratos com a Conmebol com empresas de televisão e marketing esportivo. Ele é suspeito de ter feito a ligação de pagamentos ilegais quando trabalhava com a venda de direitos de transmissão para a Traffic, como as Eliminatórias da Copa do Mundo. 

Na semana passada, o empresário declarou, à Folha de S. Paulo, que jamais se envolveu em qualquer esquema de corrupção. Ainda afirmou que parou de trabalhar na negociação de direitos televisivos em 2007. Ele está de férias na Alemanha.


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