A exemplo do Uruguai, um dos rivais do grupo A na Copa da África do Sul, a França foi outra campeã do mundo que precisou passar pela repescagem para conseguir a vaga na Copa de 2010. Das 32 seleções presentes na África, a francesa é uma das que tem o treinador há mais tempo no comando. Após a eliminação para a Grécia na Eurocopa de 2004, Raymond Domenech foi chamado para assumir os bleus. Seu primeiro grande teste foi a Copa do Mundo de 2006, na qual conseguiu levar a equipe até a final, a segunda de sua história. Dessa vez, porém, o desfecho não foi feliz para os campeões de 1998 e o título ficou com a Itália, que venceu nos pênaltis. [nggallery id=14318] Apesar da derrota na decisão da Copa da Alemanha, o desempenho francês foi muito bom e Domenech ficou no cargo, mesmo com algumas críticas de torcedores e imprensa. O próximo grande desafio seria a Eurocopa de 2008, realizada em junho, a poucos meses da estreia das eliminatórias europeias da Copa de 2010. O resultado foi vergonhoso. O time foi eliminado na primeira fase, em último do grupo C, atrás até da Romênia. Pelo futebol apresentado na Euro, já dava para perceber que o caminho francês rumo à Copa do Mundo 2010 não seria fácil.E as previsões se concretizaram. Logo na primeira partida das eliminatórias europeias, derrota para a inexpressiva Áustria por acachapantes 3 a 1. Outros resultados, como os dois empates com a Romênia (em casa e fora), complicaram de vez a vida dos franceses. No final, a Sérvia passou em primeiro do grupo. Em segundo, a França seria obrigada a disputar a repescagem.No sorteio, a Irlanda foi escolhida como a última pedra no caminho francês rumo à Copa do Mundo. E que pedra! No primeiro jogo, 1 a 0 para os comandados de Domenech jogando em Dublin, com gol de Anelka. A tarefa parecia fácil, já que um simples empate classificaria a França. Parecia. Os quase 80 mil franceses presentes no estádio Saint Denis, em Paris, calaram-se quando Keane abriu o placar para os irlandeses. Fim dos 90 minutos e a vaga para a Copa da África do Sul seria decidida na prorrogação.As chances surgiram para os dois lados, mas os jogadores não conseguiam acertar o pé e o gol não saia. Foi quando, perto do término da primeira etapa do tempo extra, Thierry Henry salvou bola que saia pela linha de fundo e cruzou para Gallas completar para as redes. Era o gol de empate e da sofrida classificação francesa. Até aí tudo certo. O único e grande problema foi que, na verdade, Henry salvou a bola escandalosamente com a mão em lance que não foi visto somente pelo árbitro Martin Hansson, da Suécia. A Irlanda protestou e a Fifa ameaçou a realização de uma nova partida. No final, nada foi feito e a França segue para mais uma Copa do Mundo. Com a mãozinha de Henry, literalmente.Injusto ou não, o fato é que nossos carrascos estão na Copa. É bom Dunga já pensar em como parar o time francês em um eventual confronto na segunda fase. Henry, o homem da mão, é um velho conhecido de nós, brasileiros. Foi dele o gol que desclassificou o Brasil da Copa de 2006, nas quartas de final. O veloz atacante não atravessa seu melhor momento, está na reserva do Barcelona, mas sempre é um jogador perigosíssimo.Mas, a maior estrela do futebol francês na atualidade é o meia Franck Ribéry, que joga no alemão Bayern de Munique. Liderando seu clube, Ribéry alcançou a final da Liga dos Campeões nessa temporada (aliás, o jogador está suspenso da decisão contra a Inter de Milão, no dia 22, em Madri). O meia não tem as mesmas características do inesquecível Zidane, mas já é considerado o jogador mais importante da equipe de Domenech. Além de Henry e Ribéry, o time francês tem uma sólida defesa, com os experientes e rodados Gallas e Abidal, e um bom meio campo, com o ótimo Diarra, além da revelação Gourcuff.
MAIS:
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– Conheça as cidades sede com nosso infográfico
– Página especial da Copa do Mundo de 2010 no iG
– Site oficial da Copa do Mundo de 2010
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