País de fanáticos torcedores, a Grécia resolveu, nos últimos anos, dar alguma alegria para seus seguidores e fará sua segunda participação em Copas do Mundo na África do Sul. A primeira e única vez que os gregos estiveram no mundial foi em 1994, nos Estados Unidos. Na ocasião, os deuses não ajudaram, a seleção caiu no grupo D, com Argentina, Nigéria e Bulgária, foi eliminada com três derrotas, sem marcar um gol sequer. Porém, só o fato de participar já foi motivo de muita comemoração para os gregos. [nggallery id=14313] Em 2001, o alemão Otto Rehhagel assumiu a equipe prometendo dias melhores para sua apaixonada torcida. E eles vieram. Apenas três anos depois, em 2004, a Grécia estava classificada para a segunda Eurocopa de sua história. Jogando de maneira muito defensiva, mas aplicada e consciente, a equipe de Rehhagel surpreendeu os europeus e o mundo e conquistou o título.A campanha começou com um surpreendente 2 a 1 em cima dos portugueses, os donos da casa, em partida válida pela fase de grupos. A partir do feito, o time ganhou moral e teve sorte para avançar à fase de mata-mata. Depois da surpresa diante de Portugal, a Grécia aprontou de novo, ao arrancar empate contra a Espanha, 1 a 1. No terceiro e último jogo do grupo A, derrota para a Rússia, por 2 a 1, mas com classificação para a fase seguinte, pelo número de gols marcados (dois a mais do que os espanhóis, o terceiro da chave).Nos mata-mata, a Grécia continuou o caminho de azarão, com vitórias incríveis. Nas quartas de final, 1 a 0 sobre os então campeões franceses. Na semifinal, os gregos passaram pela sensação do torneio, a República Tcheca, por 1 a 0, na prorrogação. Na decisão, o time de Rehhagel tinha novamente os anfitriões portugueses pela frente, com a torcida em massa contra, além de um forte time, comandado por Felipão. Os gregos conseguiram um gol de cabeça, com Charisteas, em escanteio, aos 12 minutos do segundo tempo, se fecharam e levaram a inédita taça para casa. Até hoje, a maior glória da história do futebol grego.Dois anos depois, apesar da moral pelo título europeu e da manutenção de Rehhagel no cargo, a Grécia mais uma vez não conseguiu classificação para a Copa do Mundo, na Alemanha. Mas, mantendo-se fiel ao mais vitorioso técnico da história do país, os dirigentes bancaram a permanência do treinador alemão e foram recompensados.O grupo grego nas eliminatórias europeias para a Copa da África do Sul não era dos mais difíceis: Suíça, Israel, Letônia, Luxemburgo e Moldávia. Era claro que os suíços seriam os adversários diretos pela única vaga direta ao mundial de 2010. Nos dois confrontos diretos, vitórias da Suíça. Os demais jogos não tiveram muitas surpresas e, assim, a Grécia teria que passar pela repescagem antes de confirmar a sua vaga.No sorteio, ficou decidido que a Ucrânia seria o último obstáculo da Grécia rumo à África do Sul. Nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2006, foram justamente os ucranianos quem venceram o grupo do qual a Grécia fazia parte. Essa seria a chance da vingança. Os gregos souberam se defender na primeira partida, fora de casa, e seguraram um empate sem gols. No segundo jogo, um gol solitário classificou a equipe de Rehhagel para a tão desejada segunda participação em mundiais.Para resolver o problema de nunca ter marcado um gol em Copas do Mundo, os gregos confiam todas suas fichas em Theofanis Gekas. O atacante foi o artilheiro das eliminatórias europeias com 10 gols em 12 jogos. Charisteas, o herói que deu o título europeu aos gregos, está no ataque titular. Além deles, Karagounis e Katsouranis estão entre os 11 do técnico alemão.
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– Página especial da Copa do Mundo de 2010 no iG
– Site oficial da Copa do Mundo de 2010
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