Tradicional em Copas do Mundo, a seleção mexicana vai para sua quinta participação consecutiva e 14ª na histórias dos mundiais. Mas, como nem sempre tradição significa sucesso, o México é a seleção que mais vezes perdeu na história do torneio, com 24 derrotas no total. [nggallery id=14320] Apesar da histórica hegemonia mexicana na Concacaf, a classificação para a Copa de 2010 foi longe de ser tranquila. Logo após a triste eliminação nas oitavas de final, em derrota na prorrogação contra a Argentina, na Copa da Alemanha, em 2006, o ídolo Hugo Sanchez foi chamado para assumir a seleção. O técnico não teve, do banco, o mesmo desempenho que tinha fazendo importantes gols pelo México e, após dois anos, 13 vitórias, quatro empates e nove derrotas, foi sacado do comando da seleção.O interino Jesús Ramírez assumiu e, com um futebol extremamente defensivo, estabilizou a equipe mexicana, vencendo quatro das cinco partidas disputadas. Apesar dos resultados, os dirigentes não confiaram no interino, que para eles não tinha experiência o suficiente para ter sucesso em uma Copa do Mundo.O escolhido teria que ser um técnico de renome, com passagens por grandes equipes do futebol mundial. Quem se encaixou perfeitamente nesse perfil foi o sueco Sven-Göran Eriksson, que comandou a seleção inglesa nas Copas do Mundo de 2002 e de 2006. A parceria foi um desastre e Eriksson foi demitido no início de 2009. Com seis vitórias, um empate e seis derrotas, o México começou a ver sua classificação para a Copa de 2010 ameaçada.Estava na hora do quarto e definitivo técnico assumir. Com pouco mais de um ano para a Copa do Mundo, a situação começava a ficar crítica. Dessa vez, o eleito foi um velho conhecido da torcida mexicana, Javier Aguirre, que comandou a equipe na Copa do Mundo de 2002. Mesclando jogadores experientes com jovens promessas, Aguirre conseguiu dar nova cara para a seleção mexicana, venceu 14 das 18 partidas e classificou o México na segunda colocação das eliminatórias, atrás apenas dos Estados Unidos.Entre os principais destaques da seleção mexicana estão os jovens e rápidos atacantes Giovanni Dos Santos, do Galatasaray, Carlos Vela, do Arsenal, e Jávier Hernandez, do Manchester United, que faziam parte do time sub-17, campeão do mundo em 2005. O goleiro Ochoa também dá muita segurança para o restante da equipe. Mas, a grande esperança para conduzir os novatos dentro de campo é o experiente Cauthemoc Blanco, de 37 anos, que participou das Copas de 1998 e 2002 e é o segundo maior artilheiro da história da seleção, com 38 gols, atrás somente de Borgetti (46 gols).O time tem sangue brasileiro. Giovanni e Jonathan Dos Santos, que estão na pré-lista de 27 nomes já divulgada por Javier Aguirre, são filhos do ex-jogador Zizinho, que fez sucesso no futebol mexicano nos anos 1980. Os dois jogadores são grandes apostas do time, além dos já citados.O México caiu em um grupo complicadíssimo, junto com África do Sul, França e Uruguai. O time dificilmente cumprirá as pretensões de Aguirre e da Federação Mexicana de, finalmente, alcançar as quartas de final jogando longe de seus torcedores. Quando foi o anfitrião, em 1970 e em 1986, México acabou eliminado nas quartas e terminou na 6ª colocação, a melhor participação na história das Copas.

MAIS:
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Site oficial da Copa do Mundo de 2010


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