Kaká, Cristiano Ronaldo, Messi, Drogba… Nenhum deles! O grande protagonista da Copa do Mundo de 2010 atende pelo nome de Jabulani e estará presente do primeiro ao último segundo de todos os jogos na África do Sul. Afinal, não existe jogo sem a bola. [nggallery id=14379] A Fifa, organizadora do torneio, sabe disso e, a partir da Copa do Mundo de 1970, no México, começou a dar uma atenção especial para esse indispensável quesito. A primeira grande mudança veio com a substituição da fornecedora da pelota. A Slazenger deu lugar à Adidas, e a bola, que até então era sempre igual, passou a estampar a marca alemã entre seus renovados gomos em preto e branco.Com a revolução, o espectador pôde finalmente ter uma melhor noção do movimento que a bola faz em sua viagem. A bola de 1970 foi batizada de Telstar, que vem de television star (estrela de televisão), já que o torneio no México foi primeiro a ter as partidas televisionadas ao vivo.Nas Copas seguintes, as bolas foram evoluindo. Outra grande revolução aconteceu em 1986, quando o torneio coincidentemente voltou para o México. A Adidas Azteca, bola daquele ano, foi a primeira concebida totalmente com materiais sintéticos. Uma primeira camada de poliuretano protegia com eficiência a bola da chuva e outras duas eram dispostas abaixo da primeira, para garantir a resistência e a manutenção da forma esférica. O resultado foi além do esperado, pois a Azteca teve desempenho quase perfeito durante o Mundial, que teve jogos em altitudeJá no design, não houve muita mudança. As bolas mantiveram o desenho com gomos em preto e branco até 1998. No mundial da França, o desenho permaneceu o mesmo, mas, pela primeira vez, a gorduchinha ganhou vida e cores: azul, vermelho e branco, em homenagem à bandeira do país sede. Depois disso, a Adidas se desprendeu dos padrões e as bolas de 2002, no Japão e na Coreia do Sul, e de 2006, na Alemanha, foram totalmente diferentes das demais no desenho.Com relação ao formato, os tradicionais 32 gomos (20 hexágonos e 12 pentágonos) sobreviveram até a Copa da Alemanha. O modelo chamado Buckminster, inspirado nas cúpulas geodésicas inventadas pelo arquiteto norte-americano Richard Buckminster Fuller (1895-1983), foi substituído por uma bola com 14 painéis.Batizada de Teamgeist, a bola trouxe mais novidades, como a ausência de costuras. Segundo a Adidas, o desempenho da pelota ficava mais uniforme sem as costuras, além de aumentar a área de contado entre a chuteira e a bola. Inspirado na taça, o desenho era em preto e branco, mas a final entre Itália e França teve um modelo especial, com os traços em dourado.A Jabulani está ainda mais inovadora. A bola é branca em sua maioria, mas tem 11 cores diferentes em sua superfície, representando as 11 tribos que existem na África do Sul, as 11 línguas faladas e os 11 jogadores que formam uma equipe de futebol. A bola tem uma circunferência de 69 cm, pesa 440 g e sua textura promete maior aderência e precisão em relação a qualquer outra bola já vista. A Jabulani ainda foi projetada para ser 100% a prova d’água, sem nenhuma mínima variação em seu peso e forma.Outro ponto interessante na confecção da bola da Copa da África do Sul são seus poucos gomos, na verdade paineis, com apenas oito, encaixados como na Teamgeist, ou seja, sem costuras. Dessa forma, com menos vãos, a bola promete uma redução de velocidade muito menor quando em contato com o ar. Quem não gosta muito das novidades são os goleiros, que inclusive já fizeram algumas reclamações após os primeiros contatos com a novidade.O nome, Jabulani, aparentemente estranho, significa “celebração” em Zulu, uma das várias etnias que constituem a África do Sul. Agora, para a celebração ser completa, é só torcer para que os jogadores a tratem com carinho!
MAIS:
– Conheça as cidades sede com nosso infográfico
– Página especial da Copa do Mundo de 2010 no iG
– Site oficial da Copa do Mundo de 2010
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