Com a imagem completamente manchada pelo maior escândalo de corrupção da história do esporte, a Fifa, entidade máxima do futebol, realiza suas eleições presidenciais nesta sexta-feira (29). Joseph Blatter, atual presidente da entidade, nunca teve tanta pressão como no atual momento, e sua eleição parece ser realmente ameaçada pela primeira vez em quase duas décadas de gestão.
Desde 2002 Blatter não enfrentava um concorrente nas eleições. Agora, com a candidatura do príncipe da Jordânia Ali bin Al-Hussein, o suíço pode testemunhar algo histórico no pleito da Fifa, a realização de um segundo turno.
Nas atuais regras para as eleições da entidade, o candidato só vence se conseguir três quartos dos votos. Com muitas das 209 federações internacionais ainda se decidindo sobre quem apoiar, a possibilidade de existir um segundo turno é grande. O príncipe, que tem votos declarados da maioria das federações europeias, já disse ter certa esperança para angariar votos de outras federações para levá-lo a um inédito segundo turno.
Segundo o canal de esportes ESPN, o presidente da Uefa, Michel Platini, acredita que 45 das 53 associações europeias pretendem votar no candidato da Jordânia. Além disso, o príncipe alega ter pelo menos 60 votos fora do velho continente, com países como Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia.
Joseph Blatter, por sua vez, tem apoio de grande parte das federações da Ásia, do Caribe e da África, que são considerados polos estratégicos de voto. A votação está marcada para as 12h desta sexta-feira, no horário de Brasília.
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