Festa argentina no quintal de casa

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É preciso deixar a rivalidade de lado e bater palmas para a Argentina. Em mais um jogo complicado, nossos hermanos mostraram que a raça, a vontade, vence qualquer coisa, bateram a Holanda na semifinal em jogo complicado, nos pênaltis após empate por 0 a 0 no tempo normal, e avançaram para a decisão da Copa do mundo após 24 anos.

Na primeira fase a competição passou a ser chamada de a “Copa das Copas”. O uruguaio guloso Suárez, A Costa Rica David matadora de Golias, a Alemanha futebol moleque, que enfiou 7 no Brasil na outra semifinal, ajudaram os internautas a rebatizar o torneio, é a “Copa da Zoeira!”.

A zoeira pode ser sem graça para a fanática torcida brasileira, com certeza nem sorrisos amarelos vão ser vistos por aqui, mas que a conjuntura é engraçada, no mínimo, isso é inegável. A Argentina está muito próxima de levantar a taça do mundo no Brasil, e as coincidências jogam a favor.

Bi campeões mundiais, os nossos vizinhos só levaram a taça quando jogaram no continente americano, em 1978, jogando em casa, e em 1986 no México. A Alemanha, adversária da final, ganhou seus três mundiais na Europa, em 1954, na Suíça, em 1974, na Alemanha, e em 1990, na Itália. Aliás, as duas potências já se enfrentaram duas vezes em decisões com um título para cada lado, em 1986 e em 1990.

Na tarde dessa quarta-feira, em São Paulo, na semifinal contra a Holanda, a Argentina não jogou bem, jogou da mesma forma que fez em todas as outras cinco partidas da Copa, anulou o adversário e procurou bastante Messi, que dessa vez não estava inspirado. Mesmo assim, em momento nenhum chegou a ser ameaçado pelos laranjas.

Se o jogo já estava truncado nos 90 minutos, quando veio o apito final que decretou a prorrogação, a pelada se acirrou ainda mais. Robben, grande craque da Holanda w um dos principais jogadores da Copa nada fez, não por culpa dele, mas sim pela força quase irritante dos argentinos. Após 30 minutos de tempo extra, estava na hora de finalmente conhecer quem teria a honra de seguir vivo com a chance de “roubar” a taça dos caras que se dizem “o País do Futebol”, no nosso quintal, na frente da nossa torcida.

A Holanda já havia passado por uma disputa de pênaltis, na quartas de final contra a Costa Rica. Na ocasião o polêmico técnico europeu sacou o goleiro titular no último minuto da prorrogação e colocou o reserva para pegar as cobranças. A estratégia deu certo e o arqueiro salvou dois chutes. Tática ou mandinga, não se repetiu dessa vez e quem brilhou foi o contestado Sergio Romero, que salvou duas das três alternadas holandesas e viu seus companheiros convertendo com primor todas elas. É Argentina na final, a cereja no bolo da “Copa da Zoeira”!

Sábado o Brasil pega a Holanda em uma partida deprimente, a disputa de terceiro lugar, que acho que todos concordariam que poderia ser facilmente decidida em um jokenpô entre os capitães. Melhor ainda, entre os técnicos rabugentos, o holândes Guus Ridink e o brasileiro Luiz Felipe Scolari. É fácil saber o que Felipão escolheria, Fred, ou melhor, pedra.


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