A Alemanha enfrentava a seleção de Gana no Estádio do Castelão, em Fortaleza, na tarde desse sábado, dia 21. O placar marcava 2 a 1 para os africanos quando o técnico Joachim Low chamou o grandalhão Miroslav Klose do banco e o colocou em campo. Dois minutos mais tarde o atacante mostrou ter estrela e empurrou para as redes, empatando a partida.
O matador estreou em Copas do Mundo em 2002 e, logo em sua primeira apresentação, guardou três gols. Fez mais dois naquela mesma edição. Quatro anos mais tarde, os cinco gols que marcou na Copa do Mundo da Alemanha foram suficientes para coroa-lo como o artilheiro máximo naquele ano. Em 2010 deixou cair um pouco a média, marcou quatro. Com mais esse anotado na Copa do Mundo do Brasil, Klose iguala Ronaldo como o maior marcador na história das Copas.
Klose nunca chegou nem perto da fama que gozava Ronaldo quando ainda exercia sua profissão. Talvez seja pela sua personalidade discreta e aparente falta de carisma. Talvez não. Talvez seja simplesmente pelo fato de que é “desengonçado” com a bola nos pés e tecnicamente inferior ao brasileiro.
Klose começou sua carreira jogando pelo modesto Homburg, que nem sequer disputa a primeira divisão alemã. Quando foi convocado pela primeira vez, em 2001, defendia o Kaiserslautern, onde ficou até 2004. Nesse período já era o 9 da seleção alemã, mesmo assim, continuava sendo subestimado, nunca foi considerado um craque apesar dos gols que vinham aos montes.
Foi para o Werder Bremen, jogou também no poderoso Bayern de Munique e hoje defende a Lazio, da Italia. Por onde passou fez gol, por onde passou foi questionado e tachado de “perna dura”.
Perdeu espaço na seleção após a chegada da nova geração liderada por Gotze, Muller e Ozil, um time que envolve na base da velocidade, habilidade e toque de bola. A crítica não acreditava que Klose se encaixaria na nova cultura do futebol do país. Ele respondeu da única forma que sabe, com gols, se tornou o maior artilheiro das Copas do Mundo.
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