Considerado por muitos o maior boxeador de todos os tempos, o tricampeão mundial e campeão olímpico Muhammad Ali morreu na noite de sexta-feira (3) em Phoenix, Estados Unidos, após dois dias internado com problemas respiratórios. Ali, que estava com 74 anos, passou por muitas internações nos últimos anos em decorrência de uma pneumonia e uma infecção urinária.
Segundo informações do porta-voz da família, Bob Gunnell, o corpo será enterrado em Lousivlle, sua cidade natal. O boxeador sofria com o Mal de Parkinson há pelo menos 30 anos, tornando raras suas aparições públicas.
Com 56 vitórias em 61 lutas, 37 por nocaute, Ali ganhou projeção mundial nos Jogos Olímpicos de Roma em 1960. Ao ganhar o título, tornou-se profissional e se lançou para seus três títulos mundiais.
Ele nasceu Cassiu Marcellys Clay Jr. em Louisville, cidade de Kentucky, em 17 de janeiro de 1942. Seu primeiro cinturão foi com um nocaute técnico contra Sonny Liston, em fevereiro de 1964. Na revanche, no ano seguinte, ele já lutou com o novo nome, muçulmano, recebido após integrar um grupo religioso chamado Nação do Islã, do qual o ativista Malcom X participou e liderou.
Ele se recusou a ir para a Guerra do Vietnã, razão pela qual foi sentenciado à prisão por cinco anos e suspenso do boxe por três. Pagou fiança, não foi preso e usou seu tempo suspenso do esporte para viajar pelos Estados Unidos criticando a guerra e o racismo.
Ele voltou aos ringues em 1970 na “Luta do Século”, ocasião em que perdeu para o também invicto Je Frazier, que depois perderia duas lutas para Ali. Ele, no entanto, recuperou o título mundial por duas vezes até se aposentar, em 1978.
Com o passar dos anos, o Mal de Parkinson passou a afetar sua vida, ocasionando tremores nas mãos e dificuldade na fala já pouco antes de sua aposentadoria. Emocionou o mundo ao, tremulamente, acender a pira olímpica nos Jogos de Atlanta de 1996.
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