O Brasil está escalado! Luis Felipe Scolari revelou o nome dos 23 que tentarão buscar o hexa. Nos próximos dias, nós da Brasileiros iremos apresentar cada um desses jogadores, além também do técnico Felipão. Um mergulho em suas carreiras, desde o início até o dia da convocação.
Pode-se dizer que Daniel Alves, baiano de Juazeiro, é praticamente mais espanhol do que brasileiro. O lateral direito começou na base do time de sua cidade natal, aos 13 anos, Foi para o Bahia, onde se profissionalizou e, aos 19 anos, já jogava no Velho Continente.
Lá fora sua primeira casa foi o inexpressivo Sevilla, clube recém promovido para a elite do futebol espanhol e que tinha como última grande glória a conquista da Copa do Rei, em 1947. Agradou. O que era um empréstimo de uma temporada se transformou em transferência definitiva, com a aquisição do passe do brasileiro pelos espanhóis.
Pegou a fase crescente do clube, logo na sequência chegaram mais brasileiros como os atacantes são-paulinos Julio Baptista e Luis Fabiano, o volante santista Renato e o lateral esquerdo Adriano, do Coritiba.
Em sua temporada de estreia no Sevilla, uma 10ª colocação e a permanência na primeira divisão foi mais do que satisfatório. Na temporada 2003/2004 o clube terminou na surpreendente 6ª posição, garantindo assim uma vaga para a Copa da Uefa, competição essa que eles venceriam na temporada 2005/2006 e mais uma vez no ano seguinte, quando se destacou também no espanhol, ficando atrás apenas de Barcelona e Real Madrid, e garantiu uma vaga para a Liga dos Campeões da Europa, competição por clubes mais importante do planeta.
Nesse momento já era considerado um dos grandes laterais direitos em atividade e em 2006 recebeu sua primeira convocação para a Seleção principal do Brasil.
Segura-lo no Sevilla seria praticamente impossível, sua saída era questão de tempo e, principalmente, valores. O Liverpool, da Inglaterra, tentou, mas teve sua oferta prontamente recusada. Também da Inglaterra, o Chelsea foi quem chegou mais pesado, dando proposta atrás de proposta, todas recusadas pelos espanhóis. Nesse momento se criou um desconforto entre jogador, que queria sair para uma equipe de mais expressão, e presidente, que teimava em não aceitar as investidas dos peixes grandes. Após farpas trocadas via imprensa, Daniel aceitou jogar mais uma temporada pelo Sevilla, a de 2007/2008, enquanto que seu presidente garantiu vida fácil na negociação após o término dos 12 meses combinados.
Muitas sondagens foram feitas, algumas propostas, mas no final, pesou a decisão do jogador, que queria permanecer na Espanha e integrar o melhor elenco do mundo no momento, o Barcelona, que desembolsou algo em torno de 40 milhões de euros, o lateral direito mais caro do mundo até então.
Seu primeiro ano no Barça foi perfeito. Conquistou, com seus companheiros, absolutamente tudo o que disputou, Campeonato Espanhol, Copa do Rei, Supercopa da Espanha, Liga dos Campeões da Europa, Supercopa Europeia e Mundial de Clubes da Fifa. Depois disso conquistou mais 10 títulos pelos catalães, incluindo três espanhóis, uma Liga dos campeões da Europa e um Mundial de Clubes.
Pela seleção chegou a integrar o grupo que foi em busca da Copa do Mundo em 2010, mas foi reserva de Maicon. Depois daquela competição se tornou soberano na posição, sendo apontado como melhor lateral do mundo e se garantindo como titular do Brasil.
Como é impossível se manter soberano por muito tempo, o Barcelona absoluto caiu de produção nos anos seguintes, voltou a ser um time competitivo, e não de outro planeta. A torcida se irritou e a diretoria prometeu renovação. A geração formada na casa já estava chegando ao fim. Daniel Alves será o dono da lateral direita na Copa do Mundo, não há dúvidas, porém, o que vai acontecer com sua carreira após a Copa do Mundo, isso já é uma completa incógnita, já que deve integrar o pacotão de jogadores que darão adeus a Barcelona.
ASSISTA AO VÍDEO COM ALGUMAS DAS MELHORES ASSISTÊNCIAS DO LATERAL
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