O presidente da União das Federações Europeias de Futebol, Michel Platini, pediu nesta quarta-feira (28) a demissão do presidente da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Joseph Blatter. Platini afirmou ter ficado “enojado e desiludido” com as suspeitas de corrupção que envolvem alguns dos principais dirigentes da Fifa.
Às vésperas da eleição em que Blatter disputa seu quinto mandato à frente da principal entidade do futebol mundial, Platini disse que “a maioria das associações” vinculadas à Uefa vão votar no candidato adversário, o príncípe jordaniano Ali bin Al Hussein.
Platini disse ter pedido a Blatter que se demita do cargo e que, como resposta, o suíço disse ser “demasiado tarde” para isso. Platini afirma ter decidido fazer campanha para Al-Hussein.
“Antes dos acontecimentos desta semana, talvez não [o fizesse], mas agora, com o que aconteceu [ontem], acho que Blatter pode ser derrotado”, disse Michel Platini.
Ontem (27), o Departamento de Justiça dos Estados Unidos indiciou nove dirigentes ou ex-dirigentes da Fifa e cinco empresários, parceiros comerciais da Fifa, por corrupção. Sete dos indiciados foram presos em Zurique, entre eles o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) José Maria Marin.
Também estão entre os acusados de participar do esquema que, segundo as autoridades dos Estados Unidos, movimentou cerca de US$ 151 milhões de dólares, dois vice-presidentes da Fifa – o uruguaio Eugenio Figueredo e Jeffrey Webb, das Ilhas Cayman, que também preside a Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (Concacaf) – além do paraguaio Nicolás Leoz, ex-presidente da Confederação da América do Sul (Conmebol) ; o costarriquenho Eduardo Li, o nicaraguense Júlio Rocha, o venezuelano Rafael Esquivel e Costas Takkas, das Ilhas Cayman e Jack Warner, de Trinidad e Tobago.
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