Morreu na manhã desta terça-feira (16) o ex-atleta olímpico e ex-presidente da Fifa (Federação Internacional de Futebol) João Havelange, aos 100 anos, no Hospital Samaritano, em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro. Ele estava internado para tratar uma pneumonia desde o mês de julho.
Filho de um comerciante belga, Havelange foi atleta de diferentes modalidades, mas destacou-se como dirigente esportivo: passou pela CBD (Confederação Brasileira de Desportos), COI e Fifa, que presidiu entre 1974 e 1998, quando foi substituído pelo suíço Joseph Blatter, que só deixou o cargo após denúncias de corrupção que respingaram em diversos dirigentes, como no brasileiro José Maria Marin, que foi preso.
Havelange é reconhecido por ajudar a criar novas competições de futebol, como os Mundiais Sub-17 e Sub-20, a Copa das Confederações e a Copa do Mundo feminina. De acordo com informações da própria Fifa, o número de funcionários da entidade saltou de 12 para 120 em sua gestão.
Ele oficializou a renuncia ao cargo de presidente de honra da Fifa após o Comitê de Ética da Fifa ter divulgado, em abril de 2013, um relatório que revela o pagamento de propina por parte de uma empresa esportiva a Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Havelange e o paraguaio Nicolás Leoz, então presidente da Conmebol.
Antes de virar cartola, Havelange participou de competições em campos, quadras e piscinas. Aos 24 anos, ele disputou duas provas de nado livre nos Jogos de 1936, na Alemanha, e conta que, diante de Hitler, nenhum atleta brasileiro fez a saudação nazista.
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