O editor de Londres do Daily Beast, Nico Hines, teve uma ideia de pauta: usar o Grinder, aplicativo gay, na Vila Olímpica para ver com quantos atletas conseguiria marcar um encontro.
O jornalista, que é hétero e casado, conseguiu três em apenas uma hora, conforme diz o título da reportagem – que foi tirada do ar após a péssima repercussão.
A matéria oculta os nomes dos atletas gays, mas diz qual modalidade praticam e de que país eles vêm. O resultado foi que diversos esportistas acabaram sendo identificados e tiveram sua opção sexual revelada – entre eles pessoas que não eram abertamente gays e que são de países onde é ilegal ser homossexual.
A reportagem recebeu uma onda de críticas nas redes sociais e, após uma nota de explicação do editor do site, que fazia a ressalva de que detalhes dos atletas não tinham sido publicados, o Daily Beast resolveu tirar o texto do ar por completo. Em sua defesa, o jornalista diz que em nenhum momento mentiu aos atletas sobre sua identidade.
Diversas lideranças do movimento LGBT se manifestaram contra a matéria, além de atletas como o nadador Amini Fonua, de Tonga, que está competindo na Olimpíada do Rio e é abertamente gay: “A matéria é deplorável. Ainda é ilegal ser gay em Tonga, e, enquanto eu tenho força de ser quem eu sou diante do mundo, nem todo mundo consegue. Respeite isso”, escreveu ele em sua conta pessoal do Twitter.
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