Acabou mais uma piada no futebol mundial. Com status de único grande argentino sem ganhar a Libertadores, o San Lorenzo, assim como Corinthians e Atlético MG no Brasil, colocou um ponto final nesse tabu e venceu, nesta quarta feira (13), a competição mais importante da América.
Com uma final épica, entre duas equipes centenárias que nunca haviam chegado à decisão da competição, San Lorenzo e Nacional-PAR proporcionaram, para mais de 45 mil pessoas presentes no estádio, uma partida digna de “Final de Libertadores”.
Jogando em casa, o San Lorenzo recebeu um Nacional ousado, diferente dos confrontos anteriores da competição. Em nenhum momento, as equipes deixaram de atacar e procurar o gol para se defender. A qualidade técnica das duas equipes, no caso, deixou a desejar, mas que foi recompensado com muita entrega por parte dos jogadores que, na raça, mostraram aos aficionados por futebol que o “sangre caliente” dos americanos pode ser mais encantador que a calmaria europeia.
Como o primeiro confronto terminou empatado em 1 a 1, quem vencesse ficaria com a taça. Com o Nacional pressionando no início do jogo, o San Lorenzo viu a grande chance do primeiro tempo surgir em um pênalti aos 35 minutos: Coronel colocou o braço na bola dentro da área, ao tentar evitar um cruzamento, e Ortigoza não desperdiçou a cobrança. A partir daí, o que se viu foi um jogo muito tenso, com as duas equipes procurando não vacilar para não entregar o ouro. No primeiro tempo, o Nacional foi mais perigoso, colocou bola na trave no primeiro ataque e teve boas oportuniades de finalização de fora da área.
No segundo tempo, o San Lorenzo deixou mais lento, com bastante toque de bola e jogadas trabalhadas. Já o Nacional, de maneira desorganizada, buscava as jogadas rápidas, em lançamentos e chutes de longe. Os paraguaios até assustaram, mas diferente dos confrontos passados, não conseguiram chegar ao gol de empate no final.
No final da partida, ainda teve tempo para despedidas: O ídolo Romagnoli saiu chorando após substituição em sua última partida pelo clube. O camisa 10 vai para o Bahia.
Com a conquista do San Lorenzo, o futebol argentino ganha mais um título e volta a abrir vantagem para os brasileiro em Libertadores. Os hermanos têm agora 23, contra 17 dos brazucas.
Com o título, o time do Papa Francisco está garantido no Mundial de Clubes, em dezembro, no Marrocos.
FICHA TÉCNICA
SAN LORENZO 1X0 NACIONAL-PAR
Local: Estádio Nuevo Gasómetro, em Buenos Aires (ARG)
Data-hora: 13/08/2014, às 21h15 (de Brasília)
Árbitro: Sandro Meira Ricci (BRA)
Auxiliares: Emerson de Carvalho (BRA) e Marcelo Van Gasse (BRA)
Gols: Ortigoza (35’/1ºT)
Cartões amarelos: Mercier (SLO), Coronel (NAC), Benítez (NAC), Mendoza (NAC)
Cartões vermelhos:
SAN LORENZO: Torrico, Buffarini, Cetto, Gentiletti e Más; Mercier, Ortigoza, Villalba (Kalinski, 36’/2ºT) e Romagnoli (Kannemann, 42’/2ºT); Matos e Cauteruccio (Veron, 20’/2ºT). Técnico: Edgardo Bauza
NACIONAL-PAR: Don, Coronel, Piris, Cáceres e Mendoza; Melgarejo (Luzardi, 42’/2ºT), Torales, Riveros e Orué (Montenegro, 11’/2ºT); Benítez (Santa Cruz, 40’/2ºT) e Bareiro. Técnico: Gustavo Morinigo
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