Em seu discurso durante a 21ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças do Clima (COP21), a presidente Dilma Rousseff afirmou que uma “ação irresponsável” provocou a tragédia ocorrida em Mariana, Minas Gerais. “A ação irresponsável de empresas provocou o maior desastre ambiental da história do Brasil na grande bacia hidrográfica do Rio Doce. Estamos reagindo ao desastre com medidas de redução de danos, de apoio às populações atingidas, da prevenção de novas ocorrências e também estamos punindo severamente os responsáveis por essa tragédia”, destacou a mandatária.
O rompimento das barragens da mineradora Samarco, que destruiu bairros inteiros em Minas Gerais e levou um rastro de lama até o mar do Espírito Santo, surgiu logo no início do pronunciamento durante a COP21 – ficando atrás apenas da prestação de solidariedade aos franceses sobre os atentados terroristas do dia 13 de novembro. As reuniões do evento ocorrem, exatamente, em Paris.
Ainda em seu discurso, Dilma afirmou que o Brasil está sofrendo com o fenômeno climático El Niño que faz com que a nação enfrente “secas no Nordeste e chuvas e inundações no sul e sudeste do país”.
Sobre a COP21, a líder política voltou a reafirmar o documento criado pela delegação brasileira que pede um acordo “ambicioso” e “legalmente vinculante” construído de maneira conjunta. A questão de transformar o acordo em lei é um dos pontos mais críticos dos debates, já que os maiores países poluidores – como os EUA e a China – resistem a transformação das medidas em obrigações.
Porém, o governo brasileiro insiste na questão como fundamental. “Nosso acordo não pode ser apenas uma simples soma das melhores intenções de todos. Ele definirá caminhos e compromissos que devemos percorrer”, ressaltou Dilma.
Outro ponto abordado pela mandatária é que as nações desenvolvidas cumpram com acordos anteriores nos quais diziam se comprometer em ajudar financeiramente os Estados pobres ou em desenvolvimento, ressaltando que “cabe ao acordo de Paris propiciar as condições para que todos os países em desenvolvimento possam trilhar os caminhos da economia de baixo carbono, superando a pobreza e reduzindo as desigualdades”.
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