O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse hoje (3) que qualquer acordo final sobre o programa nuclear do Irã precisa incluir o reconhecimento do direito à existência de Israel. “Israel exige que qualquer acordo final com o Irã inclua um reconhecimento iraniano claro e inequívoco do direito à existência de Israel”, diz comunicado oficial divulgado pelo gabinete do primeiro-ministro.
O primeiro-ministro também defendeu a necessidade de aumentar a pressão sobre o Irã para obter compromisso melhor que o conseguido no acordo firmado na quinta-feira (2). “Israel não aceitará um acordo que permite a um país que promete destruir-nos desenvolver armas nucleares”, declarou.
Netanyahu se manifestou após ter consultado seus principais ministros em reunião do seu gabinete de segurança. Segundo o primeiro-ministro israelense, o acordo obtido em Lausanne, na Suiça, representa um “grave perigo” porque não obriga o Irã a fechar instalações ou a destruir centrifugadoras nem a parar a pesquisa sobre centrifugadoras avançadas.
O acordo com o Irã foi obtido pelo Grupo 5+1, formado pela Alemanha e os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, que são os Estados Unidos, a China, a França, a Rússia e o Reino Unido. O trato prevê que o Irã tenha um programa nuclear reduzido e sob controle, em troca de apoio econômico e político. Israel é atualmente considerada a única potência nuclear do Oriente Médio. O país não assinou o tratado sobre a não proliferação das armas nucleares.
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