O acordo nuclear entre o Irã e os países do grupo 5 + 1 (Estados Unidos, Grã-Bretanha, Rússia, China, França e Alemanha) deve entrar em vigor em seis meses, informam nesta segunda-feira (29) fontes próximas às negociações que ocorrem em Viena. De acordo com a agência de notícias Irna, as reuniões vão estourar “em alguns dias” o prazo final – que vence nesta terça-feira (30) -, mas isso não significa que existam muitos problemas a serem resolvidos. A fonte ouvida pela Irna explica que já há um texto principal com cerca de 20 páginas e com quatro a cinco anexos, com mais de 80 páginas.
Os principais pontos de debate estariam nas datas-chave. A primeira é o dia do acordo, quando serão apresentados o texto das negociações e as resoluções que devem ser submetidas ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas. No mesmo dia, os EUA enviarão o documento ao seu Congresso, que terá 30 dias para emitir seu parecer.
A segunda data é aquela na qual a União Europeia cancelará suas sanções e o Irã começará a fazer seus próprios compromissos.
Segundo a fonte, os debates querem fazer com que a data desses dois momentos coincida ou que não haja mais de 60 dias entre um e outro.
Por fim, precisa ser estabelecido o dia de “trabalhos complementares”, no qual será completado todo o processo e o conteúdo do acordo poderá ser realizado. Esta data deve coincidir com o fim do ano, onde todas as barreiras devem ser eliminadas.
Neste final de semana, os líderes políticos debateram muito esses detalhes e, a partir de hoje, especialistas na área irão resolver as pendências. De acordo com a alta comissária para Política Externa e Segurança da União Europeia, Federica Mogherini, há “vontade política” de todos os lados para fechar o acordo. Ressaltando que “ainda há muito trabalho para fazer”, Mogherini está otimista com a celebração do acordo.
E, apesar da maior parte dos ministros terem deixado Viena ainda no domingo (28), o ministro russo das Relações Exteriores, Serghei Lavrov, anunciou que terá uma reunião sobre o assunto nesta terça-feira com o secretário de Estado dos EUA, John Kerry.
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