A empresa aérea Aerolíneas Argentina pagou 35 mil diárias desde 2008 no Alto Calafate, o maior hotel da rede que pertence à presidenta Cristina Kirchner.
A companhia aérea gastou cerca de US$ 2,5 milhões neste período em habitações para sua tripulação no estabelecimento de luxo.
Informação veio à tona enquanto autoridades judiciais argentinas investigam a cadeia de hotéis Hotesur, da família Kirchner, por denúncias de lavagem de dinheiro.
O jornal local Clarín, que faz oposição ao kirchnerismo, destacou que seis funcionários da companhia teriam que ter dormido durante os sete dias da semana por 15 anos para atingir o valor gasto no local em pouco mais de seis anos. A investigação apontou que houve dias em que a empresa contratou 20 quartos para seis empregados.
“A menos que a tripulação da Aerolíneas seja formada por seres humanos capazes de dormir em dois ou mais quartos ao mesmo tempo, uma regra que romperia com os princípios básicos da Física e da Biologia, essa hipótese é impossível”, ironizou o Clarín.
Além disso, algumas faturas mostram vários dias de uso contínuo de seus serviços, como se os voos tivessem retornado a Buenos Aires deixando sua tripulação no local.
A empresa área informou à Justiça que o hotel foi escolhido em concurso “por ser a oferta mais conveniente” e que é altamente recomendado por seus pilotos e tripulação.
Um dos hotéis que competia no concurso chegou a ser dispensado porque não tinha piscina, outro por ter sido considerado “muito barulhento”.
O ex-presidente Néstor Kirchner comprou o Alto Calafate em 2008, pouco antes da estatização da Aerolíneas.
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