As autoridades do Estado da Georgia, Sudeste dos Estados Unidos, executaram na madrugada de desta quarta-feira (30) Kelly Gissendaner, 47 anos. Ela foi condenada à morte há 18 anos, pelo assassinato do marido Douglas Gissendaner.
O papa, em discurso no Congresso dos Estados Unidos, na última quinta-feira (24), pediu a eliminação da pena de morte nos Estados Unidos e fez um apelo à Justiça norte-americana em favor da preservação da vida de Kelly.
Kelly morreu após receber injeção letal na região metropolitana de Atlanta. Ela é a primeira mulher a ser executada no estado desde 1945.
Nesta terça-feira (29) à noite a imprensa norte-americana divulgou que várias moções foram apresentadas pelos advogados que acompanhavam o caso perante a Justiça da Georgia e até na Suprema Corte do país para impedir a aplicação da injeção letal. A execução chegou a ser adiada por algumas horas, mas a decisão final dos juízes foi rejeitar o pedido.
Segundo os advogados de Kelly, os filhos se empenharam em tentar impedir a execução da mãe. A carta com o pedido do papa foi enviada à Junta de Liberdade Condicional da Georgia, assinada e entregue por meio do arcebispo do estado, Carlo María Vigano.
A imprensa local teve acesso à carta, que dizia: “Como representante de sua santidade, faço uma petição urgente e, em seu nome, peço que alterem a pena de morte da senhora Kelly Gissendaner”.
Kelly Gissendaner, condenada em 1997, matou o marido com a ajuda do amante Gregory Owen. Em sua última refeição, ela pediu batatas fritas, molho de queijo, fajitas nachos ( prato típico de comida rápida mexicana feito de carne) e limonada dietética gelada.
Juristas ouvidos pela imprensa norte-americana afirmam que a natureza do crime cometido por ela justificava a pena de morte, porque se aplica a um tipo de delito – no Estado – que prevê a pena de morte.
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