Após ataque, ‘Charlie Hebdo’ volta às bancas da França

Banca em Paris vende nova edição do 'Charlie Hebdo'- Foto: Reprodução/lefigaro.fr
Banca em Paris vende nova edição do ‘Charlie Hebdo’- Foto: Reprodução/lefigaro.fr

O jornal satírico francês Charlie Hebdo voltou às bancas oficialmente nesta quarta-feira (25), mais de um mês após ao atentado contra a redação, o qual deixou 12 pessoas mortas, entre elas jornalistas e cartunistas. Apenas uma edição tinha sido publicada depois do ataque de 7 de janeiro.

Nela, o Charlie Hebdo dizia perdoar os autores do atentado, os irmãos Said e Chérif Kouachi, que eram islâmicos e tentavam se vingar das charges com o profeta Maomé produzidas pelo jornal.

A edição de 14 de janeiro se esgotou em poucos minutos nas bancas de toda a Europa, com uma tiragem de oito milhões de exemplares. A publicação de hoje, por sua vez, não registrou tanta procura na França durante a manhã desta quarta-feira. Para a edição número 1179, a tiragem foi de 2,5 milhões de cópias.

Edição de março do "Charlie Hbdo"traz papa Francisco, Marine Le Pen e Sarkozy na capa - Foto: Reprodução/Twiter/@PatrickPelloux
Edição de março do “Charlie Hbdo”traz papa Francisco, Marine Le Pen e Sarkozy na capa – Foto: Reprodução/Twiter/@PatrickPelloux

A capa do jornal, toda vermelha e com ilustrações em branco e preto, retrata um cachorro que foge, com uma edição do “Charlie” entre os dentes, de um bando de pessoas e animais. Dá para identificar os rostos do ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, do papa Francisco e da líder de extrema- direita francesa Marine Le Pen. No desenho, também há a figura de um jihadista negro.

Logo após o atentado, o papa chegou a criticar o Charlie por desrespeitas algumas religiões. A charge de capa foi assinada por Laurent Sourisseau, conhecido como “Riss”. Ele foi um dos feridos no atentado e recebeu a nomeação de novo diretor do Charlie, em substituição a Charb, morto no ataque. O atentado contra o Charlie Hebdo chocou todo o mundo e fez a Europa adotar medidas mais restritivas contra terroristas e suspeitos de extremismo islâmico.


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