Na noite da última segunda-feira (20), o ministro do Interior da Itália, Angelino Alfano, anunciou que foram presos os dois traficantes de pessoas que podem ter sido responsáveis pelo barco clandestino naufragado no último final de semana na Líbia. Este desastre pode ter deixado até 700 mortos, segundo relatos dos sobreviventes.
Os contrabandistas estavam em um navio da Guarda Costeira que ancorou no mesmo dia no porto de Catânia, na Sicília, com 27 das 28 pessoas que sobreviveram à tragédia.
De acordo com o ministro, os dois homens presos são o comandante do barco, um tunisiano, e seu assistente, um sírio. “No navio a polícia realizou interrogatórios que permitiram à Procuradoria da República identificar e prender os dois traficantes”, explicou. Eles responderão por múltiplo homicídio culposo e favorecimento à imigração clandestina.
Se o número de 700 vítimas fatais for confirmado, este terá sido o pior desastre do gênero já registrado no Mediterrâneo desde o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945. A embarcação clandestina partia da Líbia, país que vive uma grave crise política e está divido entre forças governamentais e rebeldes.
No início de março, a agência da União Europeia que controla a as fronteiras, Frontex, já havia alertado que mais de 500 mil pessoas estão prontas para deixar o país africano rumo à Europa. Também na última segunda outros dois naufrágios reforçaram a preocupação com a crise migratória em toda a União Europeia. De dois barcos com 450 pessoas no total, apenas algumas dezenas foram resgatadas com vida.
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