O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reencontra-se nesta segunda-feira (9) com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para tentar aliviar a tensão bilateral e virar a página relativa ao acordo sobre o programa nuclear iraniano.
O encontro, na Casa Branca, em Washington, vai ser o primeiro entre os dois líderes desde outubro de 2014 e do acordo sobre o programa nuclear iraniano, firmado em julho deste ano entre seis potências e Teerã. O acordo é defendido pelos norte-americanos e criticado pelos israelenses.
As relações pessoais entre Netanyahu e Obama, que já não se preocupam em esconder as diferenças, têm se deteriorado. O discurso do líder israelense em março, no Capitólio, incentivando sanções dos Estados Unidos contra Teerã, foi encarado como um desafio a Barack Obama, que não foi informado com antecedência da visita de Netanyahu ao Congresso. O líder israelense foi convidado pelo presidente da Câmara dos Representantes (câmara baixa do Congresso), o republicano John Boehner, num gesto que teria irritado a Casa Branca.
Contudo, segundo afirmou o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, os sentimentos pessoais dos líderes “devem estar longe de ser mais importantes do que a sua capacidade de trabalhar em conjunto, em nome de interesses de segurança nacional dos dois países”. Nesta segunda, o jornal norte-americano New York Times publicou uma reportagem em que reafirma a inimizade entre os dois e que há até certa concorrência no trato, mas que ambos estão dispostos a esquecer o passado turbulento para, juntos, trabalharem com o Irã.
Palestina
O ministro do Interior israelense, Silvan Shalom, revelou nesta segunda (9) que o governo vai anunciar uma série de medidas para aliviar a situação da população palestina em várias frentes na Cisjordânia. EShalom disse que o pacote de medidas tem por objetivo facilitar a vida dos palestinos em setores como emprego, água, comunicações e construção, garantindo que a segurança de Israel não vai sair afetada.
No domingo, o jornal Haaretz adiantou que Netanyahu tinha previsto anunciar medidas na Cisjordânia como solução para aliviar a tensão que afeta a região desde o início de outubro. Segundo o jornal, essas medidas seriam apresentadas como parte das atuais negociações em torno de um pacote de ajuda militar que Israel espera receber de Washington como eventual compensação, após o acordo nuclear entre as potências mundiais e o Irã, que o Estado judeu repudia.
*Com Agência Brasil
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