O governo argentino acusou nesta quarta-feira (4) o promotor Alberto Nisman, morto em circunstâncias ainda não esclarecidas, de ter tentado “gerar um efeito político desestabilizador” no país.
Poucos dias antes de morrer, ele acusou a presidenta Cristina Kirchner de tentar encobrir iranianos supostamente envolvidos no atentado contra a sede da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia) em Buenos Aires, que deixou 85 mortos e 300 feridos, em 1994.
Os principais jornais do país publicaram uma nota, a pedido do governo, intitulada “Compromisso, verdade e justiça”, que cita fragmentos da decisão do juiz Daniel Rafecas que negou o indiciamento de Cristina recentemente, alegando falta de provas.
O texto aponta que, “negada a denúncia, falta se questionar que objetivos tinha o promotor Nisman com a denúncia, cheia de contradições, falta de lógica e sustentações jurídicas. Podemos pensar em uma hipótese diferente que não seja de buscar um efeito político desestabilizador ?”.
O documento ainda defende o acordo com o Irã impulsionado por Buenos Aires que, segundo Nisman, teria sido motivo para acobertamento.
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