Milhares de pessoas saíram às ruas em diversas cidades argentinas, inclusive na capital, Buenos Aires, para lembrar na noite desta segunda-feira (18), o primeiro aniversário da morte do promotor Alberto Nisman e pedir a solução do caso.
Ele foi encontrado morto no banheiro de seu apartamento no luxuoso bairro de Puerto Madero um dia antes de discurso no Congresso. Na época, ele investigava se a então presidente Cristina Kirchner havia acobertado por motivos econômicos os suspeitos iranianos do atentado ao centro judaico Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA), que deixou 85 mortos e mais de 300 feridos em 1994. Marchas foram realizadas em Buenos Aires, Córdoba, Paraná e San Luis.
A vice-presidente Gabriela Michetti e a ministra de Segurança Patricia Bullrich participaram do ato na capital argentina.
Organizadores do evento leram cartas escritas pelas filhas do promotor, Iara, de 16 anos, e Kala, de 9 anos. Elas foram recebidas no último final de semana pelo presidente Mauricio Macri. Durante a visita ele prometeu que fará justiça. As filhas de Nisman não participaram das passeatas, no entanto. Apenas sua mãe, Sara Garfunkel, esteve presente.
Circunstâncias da morte
Nisman foi encontrado morto na noite de 18 de janeiro no banheiro de sua casa. Ainda não se sabe se ele se suicidou ou foi morto. A coincidência da data levantou a suspeita de que teria sido uma queima de arquivo.
O corpo do promotor foi encontrado com um tiro na cabeça. Ao lado do cadáver, havia uma pistola de calibre 22, que, no entanto, não lhe pertencia. Um exame negou presença de pólvora na mão do promotor. Pouco antes de morrer, ele disse a um colaborador próximo que não confiava em seus seguranças. O que se sabe até agora é que a cena do crime possivelmente foi violada e que as provas levantadas corroboram com as duas hipóteses. Descontente, a família de Nisman contratou investigadores particulares.
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