Ataque terrorista em Burkina Fasso mata mais de 20 pessoas

O ataque foi reivindicado pela Al Qaeda do Magrebe Islâmico (AQMI). Foto: Reprodução/lobservateur.bf O ataque foi reivindicado pela Al Qaeda do Magrebe Islâmico (AQMI). Foto Jornal L'Observateur
O ataque foi reivindicado pela Al Qaeda do Magrebe Islâmico (AQMI). Foto: Reprodução/lobservateur.bf

Um grupo de terroristas invadiu um hotel e um café na capital de Burkina Fasso, Uagadugu, na noite desta sexta-feira (15), fazendo uma série de reféns. As forças de segurança cercaram um hotel durante a madrugada (16) e libertaram 126 pessoas, informou o ministro do Interior. “Foram libertadas 126 pessoas de 18 nacionalidades diferentes, das quais 33 foram feridas e 23 mortas. Três jihadistas, um árabe e dois africanos, foram mortos”, afirmou o ministro do Interior de Burkina Faso, Simon Comparoe.

Segundo Robert Sangaré, diretor do Hospital Yalgado Ouedraogo, um dos principais da cidade, o ataque causou a morte de mais de 20 pessoas e ferimentos em outras 15, a maioria estrangeiros. “São cerca de 15 feridos por bala e outros por quedas devido ao pânico”, acrescentou Sangaré. A Al Qaeda no Magrebe Islâmico reivindicou a autoria do ataque ao Hotel Splendid e ao café.

A assessoria de imprensa do Itamaraty afirmou que não há informações sobre brasileiros entro os reféns. A comunidade brasileira no país é formada por cerca de 45 pessoas.

O presidente da França, François Hollande, condenou hoje (16) os ataques que começaram na noite de sexta-feira, em Ouagadougou. Em um comunicado divulgado pelo Palácio do Eliseu, sede da Presidência francesa, Hollande manifestou o seu apoio ao povo e ao presidente de Burkina Faso, Christian Kaboré, e lembrou que as forças francesas colaboram com o país.

O ataque sem precedentes se tronou um desafio para o presidente Kaboré. Recém-eleito após uma período de transição em tempos caóticos, o presidente convocou uma reunião de emergência para a manhã deste sábado(16).

O ataque foi reivindicado pela Al Qaeda do Magrebe Islâmico (AQMI), por meio de integrantes do grupo Al Murabitun, liderado pelo jihadista argelino Mokhtar Belmokhtar.


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