O Observatório Sírio de Direitos Humanos informou nesta segunda-feira (25) que pelo menos 217 pessoas foram assassinadas desde o dia 16 de maio pelo grupo Estado Islâmico na província síria de Homs. A ONG informou que, entre as vítimas, há civis, incluindo crianças e adolescentes, e adeptos do regime, e que os jihadistas fizeram cerca de 600 prisioneiros.
Neste domingo (24), a televisão síria, citando fontes locais, afirmou que o Estado Islâmico tinha degolado pelo menos 400 pessoas, a maioria crianças, mulheres e idosos, na cidade síria de Palmira, desde que tomou seu controle, na quarta-feira passada.
Iraque
Autoridades iraquianas informaram neste domingo que o EI executou 16 comerciantes que transportavam produtos alimentícios de Baiji, tomada pelos extremistas, para Haditha, controlada pelas forças governamentais. “O Daesh [sigla em árabe do grupo] executou 16 comerciantes de Haditha na noite passada”, disse o presidente da Câmara da cidade, Abdelhakim al-Jighaifi. “As vítimas transportavam sobretudo legumes, por exemplo, de Baiji para Haditha”, explicou.
Baiji, situada nas margens do Tigre a cerca de 200 quilômetros ao norte de Bagdá, foi tomada pelos jihadistas logo no início da ofensiva lançada por eles em junho de 2014. Haditha, nas margens do Eufrates, fica a aproximadamente 130 quilômetros a sudoeste de Baiji. É a última grande cidade da província de Al Anbar (oeste) sob controle do exército iraquiano.
A província, a maior do Iraque e que faz fronteira com a vizinha Síria, está praticamente sob controle do Estado Islâmico, incluindo a capital, Ramadi, tomada no último domingo (17) pelo grupo. “Eles foram mandados parar num posto de controle e raptados. A seguir, foram executados, alguns a tiros, outros degolados”, disse o presidente da Câmara. Os cadáveres foram encontrados na estrada por habitantes de Haditha.
Provocação
Neste domingo, o grupo também chamou a primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, de “prostituta”, em artigo publicado na revista Dabiq, que faz propaganda do grupo sunita. O texto, que tem como título “Mulheres Escravas ou Prostitutas”, foi escrito por uma “esposa da jihad” chamada Umm Sumayyah Al-Muhajirah, que defende o sequestro de jovens para serem usadas como escravas sexuais dos jihadistas. O artigo condena os que criticam o sequestro de meninas. “Qual é a religião de vocês? A lei de vocês? Digam-me quem é o seu Deus? Como vocês se permitem julgar?”, questiona o texto. A autora do artigo é noiva de um jihadista que fez uma menina yazidi de escrava sexual. Segundo ela, a prática não é estupro e foi inspirada pelo próprio profeta Maomé.
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