Aproximadamente 8,4 mil refugiados da Ásia e do Oriente Médio chegaram neste domingo (27) à Áustria, depois de terem recorrido à chamada rota dos Balcãs a caminho dos países mais ricos da Europa. De acordo com a agência de notícia austríaca APA, a maioria destes imigrantes entrou na Áustria através de Nickelsdorf, na fronteira com a Hungria.
Os imigrantes se realocaram em diferentes regiões austríacas para seguir até a Alemanha, destino preferido pela maioria e onde o acesso foi facilitado desde que foram reintroduzidos os controles fronteiriços no dia 13. Os estrangeiros tem enfrentado muita dificuldade na fronteira da Hungria, já que as autoridades deste país interceptaram entre, quinta-feira (24) e domingo, 23.591 refugiados. Só no domingo, esse número aumentou em 6.627, informou nesta segunda a polícia austríaca.
Neste fim de semana, quatro trens, carregando entre 1,5 mil e 1,8 mil refugiados cada, chegaram à localidade fronteiriça de Hegyeshalom, de onde os imigrantes seguiram a pé até Nickelsdorf. Gyorgy Bakondi, assessor de Segurança Nacional do Governo húngaro, explicou hoje que, na fronteira com a Croácia, “há uma pressão constante”, o que requer esforços por parte das autoridades, que, depois de “um controle rápido” e de um abastecimento mínimo, transportam os refugiados até a Áustria.
Já o Governo húngaro continua abrindo uma vala para fechar a fronteira com a Croácia, como fez há duas semanas com a Sérvia, com o objetivo de barrar a chegada de refugiados. O fechamento da fronteira sérvia fez com que a rota dos refugiados se desviasse até a Croácia, que recebeu desde então 77 mil imigrantes que, depois de entrarem no país a partir da Sérvia, foram levados de novo para a fronteira húngara.
A imprensa croata ainda informou que, nas proximidades de Dubrovnik, no Sul do país, estão terminando os preparativos de centros de acolhimento para refugiados, prevendo que o fechamento da fronteira da Croácia com a Hungria provoque a abertura de uma nova rota.
Segundo a imprensa, essa nova rota migratória passaria diretamente da Macedônia à Albânia e a Montenegro, chegando depois à costa sul da Croácia. “Não temos quaisquer indícios de que se vá ativar essa rota, mas temos de estar preparados para qualquer eventualidade, para não nos deixarmos surpreender”, declarou o ministro do Interior croata, Ranko Ostojic.
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