Autoridades acreditam que peça encontrada é do voo MH370, da Malaysia Airlines

O governo da Malásia afirmou nesta quinta-feira (30) que “é quase certo” que os escombros encontrados na ilha Réunion, perto de Madagascar, no Oceano Índico, são do Boeing 777 da Malaysia Airlines, que desapareceu em março do ano passado com 239 pessoas a bordo. Até então, a equipe de resgate não havia encontrado uma peça sequer da aeronave, tratando o caso como um dos mais misteriosos da história da aviação civil.

Nesta quinta-feira, até uma fotografia de um pedaço da asa do avião foi publicada em um perfil no Twitter, mas a imprensa europeia colocou a autenticidade da fotografia em dúvida, já que a peça aparenta estar em boas condições mesmo após meses flutuando no mar. “É quase certo que a asa é de um Boeing 777. Nosso chefe de investigação me assegurou”, disse o vice-ministro dos Transportes da Malásia, Abdul Aziz Kaprawi. Ainda segundo ele, as informações mais concretas devem chegar em dois dias. Nesta quinta, o primeiro-ministro malaio, Najib Razak, engrossou as suspeitas em um comunicado divulgado pela imprensa, em que diz que “é muito provável que a peça seja de um Boeing 777, mas ainda é preciso verificar se é mesmo do voo MH370”.

Segundo o jornal inglês The Guardian, oceanógrafos da Universidade de Reading já afirmaram que é “perfeitamente possível” que as peças sejam mesmo do avião”. “O Oceano Índico tem duas correntes dominantes – um para o sul da zona do acidente que viaja de oeste para leste, e um ao norte, que viaja de leste a oeste. Se a peça suspeita for mesmo do voo MH370, é possível que ela poderia ter sido inicialmente lançada ao norte da zona de impacto, antes de ser capturada pela corrente do Equador viajando para o oeste”, explicou David Ferreira, ouvido pela publicação.

As autoridades australianas confirmaram que os restos encontrados estão dentro das coordenadas onde especialistas do país acreditam que o voo desapareceu. “Se a peça for identificada como parte do voo MH370 na ilha de Réunion, será consistente com as análises que indicam que o avião se encontra no Oceano Índico”, disse o primeiro-ministro da Austrália, Warren Truss.

A peça encontrada tem três metros de de largura e contém números que ainda não foram identificados. Ela foi descoberta por empregados de uma empresa de limpeza na ilha de Réunion, território francês próximo de Madagascar, no Oceano Índico, e será levada para Toulouse, na França, onde passará por exames para confirmar se o equipamento é mesmo do avião da Malaysia.

O voo MH370 da Malaysia Airlines desapareceu no dia 8 de março de 2014, cerca de 40 minutos após decolar de Kuala Lumpur, capital malaia, com destino a Pequim, na China. Assim que os controladores deram-se em falta da aeronave, passou-se a questionar em que local ele poderia ter caído, caso tivesse acontecido um acidente. Um mês depois do desaparecimento, as buscas foram encerradas oficialmente sem qualquer vestígio do equipamento, após semanas em que aviões de Austrália, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, Japão, Malásia, Nova Zelândia e Reino Unido em uma grande região do Oceano Índico. Em maio, os trabalhos retornaram com menos força.


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