O avião da EgyptAir com 66 pessoas desapareceu poucos minutos depois de entrar no espaço aéreo do Egito, na rota entre Paris e Cairo. A aeronave saiu do aeroporto Charles de Gaulle na noite de quarta-feira (18) e deveria pousar no Aeroporto Internacional do Cairo na madrugada desta quinta-feira (19), mas sumiu próximo à ilha grega de Karpathos, no Mar Mediterrâneo, ao sul do Mar Egeu.
“O avião entrou no espaço aéreo egípcio, desapareceu do radar grego e caiu a cerca de 130 milhas da ilha de Karphatos”, disse uma fonte do departamento aeroportuário grego à Agência France Press.
O presidente francês, François Hollande, confirmou o desaparecimento e anunciou abertura de um inquérito para apurar as causas da tragédia. “Temos de garantir que sabemos tudo quanto às causas do que aconteceu. Nenhuma hipótese está excluída ou favorecida”, disse à imprensa.
Segundo Hollande, autoridades gregas e egípcias se comprometeram a enviar barcos e aviões para as buscas ao voo MS804. Ele esclareceu também que nenhuma mensagem de alerta foi recebida pelas torres de controle dos espaços aéreos por onde passou a aeronave.
O ministro grego da Defesa, Panos Kammenos, informou à AFP que “a 00h37 GMT a aeronave, que estava a cerca de 10-15 milhas no espaço aéreo egípcio, fez uma curva de 90 graus à esquerda e outra de 360 graus para a direita, caindo de 37.000 a 15.000 pés, quando sua imagem foi perdida, cerca de 10.000 pés acima do nível do mar”.
A maioria dos passageiros e da tripulação era de egípcios (30) e franceses (15).
Terrorismo
Há fortes especulações de que o Airbus A320 da EgyptAir tenha sofrido um ataque terrorista. “Uma falha técnica grave – a explosão de um motor, por exemplo – parece improvável”, disse o especialista em aeronáutica Gérard Feldzer. As condições meteorológicas eram estáveis no momento do desaparecimento.
Jean-Paul Troadec, ex-diretor do Gabinete de Inquéritos e Análises para a segurança da aviação civil da França, afirmou que a EgyptAir está autorizada a voar na Europa e “não está na lista negra”. Peritos disseram ainda que um ataque a partir do solo ou do mar é improvável, como foi o caso do voo 17 da Malaysia Airlines.
Autoridades não descartam a possibilidade de o voo ter sido atingido por outro avião, ainda que a área em questão seja uma das mais vigiadas do planeta – inclusive por satélite – por incluir o norte do Egito e as costas de Israel e da faixa de Gaza, ou ter sido vítima de uma bomba a bordo.
Com informações da Agência France Press e da Agência Brasil
Deixe um comentário