Caçadora norte-americana polemiza sobre caça de animais

Semanas após a morte do leão Cecil, símbolo do Zimbábue, na África, pelo dentista norte-americano Walter Palmer, que levantou uma polêmica mundial em torno da caça de animais no continente africano, outra norte-americana entrou definitivamente no assunto: a contadora Sabrina Corgatelli, de Idaho, que passou a postar fotos com corpos de bichos caçados por ela desde o final do mês passado, quando Palmer foi descoberto e atacado nas redes sociais. Em sua conta no Facebook há fotos de girafas, búfalos e impalas mortos e, até o início da manhã desta terça (4), 10 mil comentários inundavam os posts.

Apesar dos posts no Facebook, ela ficou famosa mesmo após participar do programa Today, do canal norte-americano NBC, nesta segunda-feira (3) onde defendeu a caça de animais. “Todo mundo pensa que somos uns assassinos insensíveis, mas não é assim. Há uma conexão com o animal e não é porque nós o caçamos que não temos respeito por eles”, disse ela. “Além disso, as girafas são animais perigosos que podem ferir com rapidez”, completou, dando um exemplo entre bichos que já foram caçados por ela.

“Estou triste”, disse ela nesta terça-feira em seu perfil. “Estão tentando invadir meu perfil”, reclamou. Horas antes, ela postou uma foto sua ao lado do cadáver de uma impala com a legenda: “Ganhei uma impala hoje. Que lindo animal!” e outras com o corpo de um gnu, espécie típica da África. 

Zimbábue

O governo do Zimbábue anunciou no sábado (1) restrições imediatas à caça de grandes animais, como leões, elefantes e leopardos, perto da reserva ambiental Hwange. A partir de agora, a caça só será permitida com autorização especial por escrito e com a presença de funcionários do parque. “A matança ilegal do leão Cecil fora do Parque Nacional de Hwange mostrou a necessidade de reforçar ainda mais as regulamentações sobre a caça em todas as áreas que fazem fronteira com o parque”, informou a autoridade dos Parques Nacionais do Zimbábue (ZPWMA).

O leão Cecil era um macho dominante na reserva e ficou conhecido pela juba negra. O animal fazia parte de uma investigação científica sobre a longevidade dos leões realizada pela Universidade Britânica de Oxford, usando um colar com rádio transmissor.