Roger Waters, ex-baixista da banda britânica Pink Floyd, pediu para que Caetano Veloso e Gilberto Gil não realizem o show de turnê em Tel Aviv, previsto para o próximo dia 28. Porém, os compositores brasileiros negaram. A carta foi enviada no dia 22 de maio, através do BDS (“boicote, desinvestimento e sanções”), movimento global que protesta contra a ocupação do território palestino. As informações são do site Folha de S.Paulo.
Na carta, o músico lembra o apartheid na África reforçando a menção que Gil faz do arcebispo Desmond Tutu, Nobel da paz em 1984 por sua luta apoiando Nelson Mandela, na sua música Oração pela Paz na África do Sul : “Assumo que vocês dois (Caetano e Gil) aplaudam a resistência do arcebispo Tutu ao racismo e ao apartheid que acabaram derrubados na África do Sul” e que na época, “a comunidade mundial de artistas estavam lado a lado com seus irmãos e irmãs oprimidos na África”, escreveu.
Além do movimento, também foi criada uma página no Facebook, A Tropicália Não Combina com Apartheid, com mais de 10 mil assinaturas em petição on-line com o mesmo pedido de Walters. “A data [28 deste mês, dia do show] coincide com o aniversário de um ano dos ataques de Israel a Gaza, nos quais mais de 2 mil palestinas e palestinos foram mortos, incluindo mais 500 crianças. Ainda hoje, mais de 100 mil pessoas seguem desabrigadas em decorrência da ofensiva”, diz a petição do Change.org.
Apesar de Waters descrever os músicos da MPB, “de tantas maneiras”, como sendo “um foco de luz para o resto do mundo”, as assessorias de Caetano e Gil informaram que o Show permanece na agenda e não comentarão o caso.
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