Como havia sido prometido pelo advogado do jornal Charlie Hebdo, a capa da sua próxima edição traz uma charge do profeta Maomé. Antecipado pelo diário Libération, o desenho mostra o fundador do islamismo com uma lágrima no rosto e um cartaz com a frase “Je suis Charlie” (“Eu sou Charlie”). Acima do religioso, está escrito “Tudo está perdoado”.
Na semana passada, o jornal humorístico Charlie Hebdo foi atacado por dois terroristas islâmicos. A ação deixou 12 mortos e causou comoção mundial. O atentado foi uma represália às constantes divulgações de charges do profeta Maomé. Para os islâmicos, esse tipo de humor é uma grande ofensa, já que eles não acreditam na personificação do profeta.
No último domingo, 3,7 milhões de pessoas, incluindo mais de 40 líderes mundiais, saíras às ruas da França em uma marca convocada pelo presidente francês Francois Hollande para homenagear as 17 vítimas das duas ações ocorridas em Paris. Além do jornal Charlie Hebdo, uma mercearia judaica foi tomada por um terrorista armado que fez reféns. O desfecho dessa ação deixou quatro reféns mortos. Os três terroristas, dos dois atentados, também morreram.
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