Cias aéreas dos EUA querem estabelecer voos para Cuba

O portal de notícias cubano Cubadebate publicou uma reportagem nesta quinta-feira (5) em que afirma que cinco companhias aéreas dos Estados Unidos já manifestaram o desejo de estabelecer linhas comerciais para Havana. O interesse acontece dois meses após o reestabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países, anunciada em dezembro do ano passado.

Hoje, cinco companhias áereas voam direto para Havana: American Airlines, Delta, Sky King e JetBlue. No entanto, as pessoas que usam as linhas precisam de uma autorização especial da Casa Branca para entrarem na ilha. De acordo com o governo cubano, cerca de três mil norte-americanos vão a Cuba anualmente. 

Segundo o site, a American Airlines, a United Airlines, a JetBlue, a Southwest e a Delta querem oferecer o serviço. Havana está a 176 quilômetros de Key West, na Flórida, já nos EUA. Antes do rompimento diplomático, norte-americanos viajavam até a ilha em um período de uma hora usando lanchas. “A United [Airlines] tem planos para lançar um serviço de voos para Cuba, sujeito a aprovação do governo, saindo de Houston e do Texas, onde a companhia tem seu maior centro de conexões internacionais”, afirmou Rahsaan Johnson, porta-voz da empresa.

No Congresso, a medida também tem apoiadores, como o senador republicado Jeff Flake, um dos autores de um projeto que pretende eliminar as restrições impostas pelos Estados Unidos a Cuba. A ideia do congressista é que, dentro de um ano, as companhias aérea comecem a ofertar voos para cidades cubanas, como Havana, capital, e Santiago, ao norte.

As restrições de locomoção entre Cuba e Estados Unidos estão em vigor desde a década de 60, quando o governo socialista de Fidel Castro se estabeleceu no país caribenho. O último acordo de viagens entre norte-americanos e cubanos foi firmado em 1953, portanto, 62 anos atrás. Desde a chegada de Barack Obama ao poder, em 2008, o presidente tentou diminuir o limite para algumas regras, como a permissão de alguns gusanos (forma como são chamados os cubanos de Miami) irem até a ilha para visitar seus parentes. Em 2011, o governo norte-americano ampliou a oferta de viagens para uma gama maior de cidadãos, como jornalistas, funcionários estatais, religiosos e pessoas prestando serviços humanitários. Desde janeiro deste ano, norte-americanos nestas condições podem viajar para Cuba sem precisar de autorização e até usar cartão de crédito na ilha.


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