A Pontifícia Comissão para a Proteção dos Menores, órgão instituído pelo papa Francisco no ano passado, divulgou nesta segunda-feira (10) as conclusões de sua primeira reunião plenária.
Segundo o documento, a admissão da responsabilidade de bispos e outros líderes da igreja na luta contra abusos sexuais “é de grande importância”.
Dois membros da comissão, Marie Collins e Peter Saunders – ambos vítimas de pedofilia por parte de padres -, até ameaçaram deixar seus cargos caso essa questão não seja resolvida em até dois anos.
Eles querem que bispos, arcebispos e outras pessoas que ocupam postos de destaque na hierarquia católica assumam sua parcela de responsabilidade na batalha para acabar com abusos cometidos por religiosos. Além disso, Saunders sugeriu que as vítimas devem denunciar tais crimes para as autoridades civis, e não apenas para as eclesiásticas.
A comissão criada por Francisco tem o dever de informar a situação das crianças que sofreram pedofilia, sugerir medidas para serem adotadas e propor nomes de pessoas adequadas para a implantação sistemática destas novas iniciativas.
No início deste mês, o papa enviou uma carta aos presidentes das Conferências Episcopais pedindo que todos os integrantes da igreja protejam crianças e adolescentes e denunciem qualquer caso de abuso.
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