Conflito entre Israel e Palestina já provocou 83 mortes em um mês

Foto: Reprodução/ nbcnews.com
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Este primeiro mês da retomada de violência entre Israel e Palestina já provocou a morte de 83 pessoas, sendo 73 palestinos e 10 israelenses, sem que os esforços internacionais tenham conseguido amenizar a escalada de ataques em Jerusalém, a pior desde a última guerra na Faixa de Gaza. Nesta segunda-feira (2), ações violentas no Norte do território ocupado da Cisjordânia e nas cidades israelenses de Rishón Letzión e Natania mostram que a paz está longe.

No primeiro dos casos desta segunda, um palestino morreu, atingido por soldados israelenses na área de fronteira de Yalame, no extremo Norte da Cisjordânia, depois de ter apunhalado um militar de Israel. Os outros dois casos deixaram quatro israelenses feridos, três deles com gravidade, esfaqueados por palestinos em centros urbanos no sul e no norte de Tel Aviv. Os palestinos seriam residentes dos territórios ocupados, mas a polícia não informou se estavam em Israel legal ou ilegalmente.

Mais de 150 mil palestinos trabalhavam em Israel até o dia 1º de outubro, legal ou ilegalmente, mas os acessos foram restringidos de forma autoritária após uma série de confrontos entre manifestantes palestinos e a polícia israelense na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém.

Lugar sagrado para judeus e muçulmanos, o controle do local sempre foi motivo de conflito entre as duas partes. Os palestinos acusam Israel de ter mudado o status quo que imperava no recinto desde 1967, algo que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, nega.

Apelidado pelos palestinos de “intifada de Jerusalém”, o conflito já provocou dezenas de mortes e mais de 2.240 feridos, cerca de 2 mil feridos por balas disparadas pelo Exército durante os protestos, que desde então não pararam na Cisjordânia, Jerusalém e Gaza, de acordo com dados do Ministério da Saúde, em Ramallah.

Do lado israelense, o número de feridos é muito mais baixo, contabilizando-se 140 de acordo com o serviço de emergência Maguen David Adom, equivalente à Cruz Vermelha. Os esforços de mediação do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e depois do secretário de Estado norte-americano, John Kerry, conseguiram um acordo mínimo para a instalação de câmeras na Esplanada (ainda não instaladas), para verificar o cumprimento do status quo.


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