Segunda caixa-preta aumenta indícios de suicídio de copiloto

O jornal alemão Spiegel publicou reportagem nesta sexta-feira (3) em que afirma que as investigações realizadas na segunda caixa-preta do Airbus A320 da Germanwings que caiu na terça-feira (24) da semana passada, nos alpes da França, comprovam que o copiloto da aeronave, o alemão Andreas Lubitz, provocou a queda do avião para se matar. O acontecimento matou todos os 144 passageiros e mais seis tripulantes da companhia aérea, que pertence à alemã Lufthansa.

Segundo a agência francesa Bureau d’Enquêtes et d’Analyses (BEA), responsável por conduzir as investigações, Andreas usou o piloto automático do avião para descer o equipamento até cerca de 30 metros do chão. Ainda de acordo com o documento divulgado pelo jornal, a conclusão é que “o piloto mudou as configurações do piloto automático várias vezes para aumentar a velocidade do avião enquanto ele descia”. No entanto, a agência ainda não confirmou oficialmente que esta foi a causa da queda da aeronave.

Pesquisa sobre suicídio

Andreas Lubitz procurou na internet informação sobre métodos de suicídio e sobre o funcionamento das portas da cabine da aeronave dias antes da queda do avião que matou 150 pessoas, segundo informou na quinta-feira (2) a Procuradoria de Düsseldorf, cidade alemã na qual o avião iria pousar, que teve acesso a um tablet de Lubitz, apreendido em uma de suas residências, na Alemanha.

Em comunicado, os procuradores disseram que o copiloto, de 27 anos, procurou na internet informação sobre “formas de cometer suicídio”, “especialmente entre 16 e 23 de março”, véspera do acontecimento. Pelo menos em um desses dias, Lubitz viu também, “durante vários minutos”, informação sobre “portas de cockpit e disposições de segurança”. Cockpit é o termo em inglês para a cabine da qual os pilotos comandam a aeronave.

As investigações indicam que Lubitz provocou deliberadamente o acidente com o Airbus A320 que se precipitou sobre as montanhas no sul da França. Ele ficou sozinho na cabine e teria bloqueado a entrada do piloto que, desesperado, tentou arrombar a porta. A conclusão é baseada sobretudo na análise dos sons da cabine registrados na primeira caixa-preta coletada no local do acidente.

As investigações feitas na Alemanha indicam que Lubitz sofreu um “episódio depressivo grave” em 2009 e recebeu tratamento para “tendências suicidas”. O Airbus A320 da Germanwings, que fazia a ligação entre Barcelona, na Espanha e Düsseldorf, na Alemanha, caiu no dia 24 de março nos Alpes franceses, matando todos os 144 passageiros e seis tripulantes.


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