Coreia do Norte recebe turismo de surfe no país

País vai receber acampamento com surfistas de todo o mundo em busca de ondas. Foto: Reprodução/The Guardian
País vai receber acampamento com surfistas de todo o mundo em busca de ondas. Foto: Reprodução/The Guardian

O governo da Coreia do Norte tem feito pequenas demonstrações de abertura para turismo no país. Uma delas foi anunciada em agosto do ano passado: segundo o jornal Pyongyang Times, a nação estaria começando a receber surfistas de todo o mundo para aproveitar as ondas em três pontos de seu litoral, na costa leste: Songdowon, Shijung e Majon.

À época, 21 representantes de várias nacionalidades visitaram o local com o objetivo de introduzir a cultura do esporte no país. No terceiro dia em busca de ondas de qualidade, os visitantes encontraram a praia de Majon, onde fizeram a primeira sessão de surfe da história. O local foi rebatizado de “Pioneers” (ou Pioneiros), por um homem chamado Kim, que de acordo com fontes oficiais norte-coreanas é o primeiro surfista nacional.

Agora, novas oportunidades surgem na terra de Kim Jong-un. O treinador da seleção chinesa de surfe e a agência de viagem americana Uri Tours planejam fazer em setembro uma nova expedição, com direito a acampamento nas praias norte-coreanas em busca das melhores ondas do país. O governo já aprovou a viagem.

Imagem de satélite mostra litoral da Coreia do Norte, com possibilidade de ondas no local. Foto: Reprodução/Google Earth
Imagem de satélite mostra litoral da Coreia do Norte, com possibilidade de ondas no local. Foto: Reprodução/Google Earth

O italiano Nik Zanella, técnico da seleção chinesa e representante da Associação Internacional de Surf, (ISA, na sigla em inglês), disse ao jornal britânico The Guardian que estuda há um ano a área de acesso a ondas e condições climáticas para organizar uma pequena expedição de norte-coreanos e estrangeiros.

“A Coreia do Norte recebe ondulações o suficiente para manter uma grande comunidade de surfistas. Nosso objetivo é avaliar as condições no local para tornar o surfe acessível às pessoas locais de uma forma sustentável e segura”, disse.

CONTRAS

Apesar do esforço do governo em fazer das praias do país uma atração para surfistas de todo mundo, há aspectos negativos a serem observados tanto na qualidade das ondas quanto na locomoção local. De acordo com a revista Surfer Magazine, o país não recebe boas ondulações do Oceano Pacífico e depende de tufões produzidos no mar do Japão para oferecer condições de surfe praticáveis.

Além disso, as regiões praianas são monitoradas constantemente pelo Exército e é comum que os visitantes possam frequentar apenas determinadas partes da praia. Ou seja: se o local onde o surfista estiver não der onda, ele pode encontrar dificuldade para se locomover para outros lugares.

Veja: vídeo mostra primeira sessão de surfe no país, em Pioneers, na praia de Majon 


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