A Coreia do Norte e a Coreia do Sul trocaram hoje (21) ameaças dias antes do quarto aniversário, no domingo (23), do bombardeio norte-coreano na ilha de Yeonpyeong, um dos momentos mais tensos das últimas décadas.
“Os maníacos provocadores [da Coreia do Sul] vão ser agredidos ou mortos pelo Exército Popular da Coreia. Este é o seu inevitável e miserável destino”, ameaçou o comando militar norte-coreano em comunicado difundido pela agência KCNA.
A Coreia do Norte, que considera o bombardeio – que matou quatro sul-coreanos, em 23 de novembro de 2010 – uma “vitória”, censurou a Coreia do Sul por organizar uma cerimônia na ilha no domingo, para marcar a data e prestar homenagem às vítimas, dois civis e dois militares.
Por seu lado, o governo sul-coreano respondeu que as “provocações” da Coreia do Norte – referindo-se ao bombardeio de Yeonpyeong – “foram uma má decisão e só geraram autodestruição”, segundo o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
“Não só não pediu desculpas nem puniu os responsáveis, como a Coreia do Norte ainda nos culpou pela sua provocação em Yeonpyeong”, lamentou o porta-voz.
O regime norte-coreano afirmou sempre que o ataque surpresa à ilha no Mar Amarelo, em 2010, surgiu como resposta a uma ameaça militar do Exército sul-coreano, versão que já foi negada por especialistas e pela comunidade internacional.
A apenas dois dias do aniversário do bombardeio, que quase desencadeou uma guerra entre as Coreias, as Forças Armadas sul-coreanas realizaram manobras com fogo real durante duas horas junto à fronteira, contribuindo para aumentar ainda mais o clima de tensão.
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