Os restos mortais de 24 dos 30 corpos encontrados em fossas clandestinas na cidade de Iguala, no México, não pertencem aos dos 43 estudantes desaparecidos desde setembro, informou um grupo de peritos do caso nesta quarta-feira (12). Em seu primeiro informe, a Equipe Argentina de Antropologia Forense (EAAF) disse, em um comunicado, que os exames genéticos de 24 cadáveres localizados em seis fossas de Pueblo Viejo não têm relação com os estudantes. “Os restos mortais não mostraram a probabilidade de parentesco biológico com os estudantes desaparecidos”, ressaltou a nota.
No entanto, ainda estão sendo feitos exames em outros seis corpos. Os especialistas também aguardam resultados de testes realizados pelo laboratório The Body Technology, dos Estados Unidos. O sumiço dos 43 estudantes tem gerado uma onda de protestos no México, que há anos tenta conter a violência e a atuação de carteis de droga. Os jovens desapareceram em setembro e até o prefeito de Iguala, José Luis Abarca, e sua esposa, Maria de Los Angeles Pineda, foram detidos pela Polícia Federal do México, acusados de serem os mentores do sequestro. No início de novembro, porém, autoridades da cidade de Cocula disseram que três pessoas confessaram terem matado e queimado a maior parte dos estudantes. O trio contou que pegou alguns estudantes que haviam sido detidos pela polícia e os levou a Cocula para assassiná-los.
Cerca de 15 jovens teriam sido mortos por asfixia ainda antes de chegarem a um depósito de lixo, onde os criminosos perguntaram aos sobreviventes a que cartel pertenciam. Os alunos responderam que não eram de nenhuma gangue, mas ainda assim perderam a vida, de acordo com o relato. Enquanto isso, os pais dos adolescentes rejeitam as versões da polícia e protestam por esclarecimentos.
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