A presidenta argentina, Cristina Kirchner, fez nessa terça-feira (25) sua primeira aparição pública depois de quase um mês afastada por problemas de saúde.
Cristina, 61 anos, está aparentemente recuperada da infecção intestinal que a deixou afastada do palácio presidencial e a privou de participar da cúpula do G20 na Austrália.
Na primeira intervenção pública desde 30 de outubro, a presidente informou que pretende retomar os esforços no sentido de resolver o conflito relacionado com os fundos especulativos.
“É muito importante alcançar um acordo com os nossos credores, de forma legal, equitativa e justa, mas sem extorsão ou chantagem”, destacou em discurso em Buenos Aires.
A Argentina foi condenada pela Justiça norte-americana a pagar US$ 1,3 bilhão (R$ 3,3 trilhão, aproximadamente) a fundos especulativos que detêm menos de 1% da dívida e que não aceitaram as reestruturações de dívida feitas em 2005 e 2010.
Buenos Aires recusou-se a pagar, alegando que isso comprometeria toda a reestruturação que foi aceite por 93% dos credores.
O montante de US$ 539 milhões (R$ 1,4 trilhão, aproximadamente), relativo ao último pagamento da dívida aos credores que aceitaram reestruturações, foi bloqueado em 26 de junho, em uma conta bancária em Nova York, por decisão do juiz norte-americano Thomas Griesa.
Ele deu razão à pretensão dos “fundos abutres”, que reclamam 100% do valor inscrito nas obrigações argentinas que detêm.
O congelamento levou as agências financeiras a declarar a Argentina em cumprimento parcial, situação que Buenos Aires rejeita, atribuindo a responsabilidade pela falta de pagamento aos Estados Unidos.
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