O governo cubano libertou os 53 presos que eram considerados prisioneiros políticos pelos Estados Unidos, no âmbito do processo de normalização das relações entre Havana e Washington. A informação foi dada pelo governo norte-americano, sem revelar a identidade das pessoas que foram libertadas.
Os presidentes norte-americano e cubano, Barack Obama e Raúl Castro, respectivamente, anunciaram no dia 17 de dezembro que os dois países iam começar um processo de normalização das relações diplomáticas, depois de um embargo norte-americano que dura mais de meio século.
Os Estados Unidos e Cuba, que estão separados unicamente pelos 150 quilômetros do Estreito da Flórida, não têm relações diplomáticas oficiais desde 1961. O embargo econômico, comercial e financeiro contra Cuba foi imposto pelos Estados Unidos em 1962, depois do fracasso da invasão da ilha para tentar derrubar o regime de Fidel Castro em 1961, que ficou conhecida como o episódio da Baía dos Porcos.
As primeiras conversas oficiais estão agendadas para os próximos dias 21 e 22 em Havana. Os dois países devem discutir, entre outros aspectos, a abertura de embaixadas.
Elogio papal
O papa Francisco manifestou nesta segunda-feira (12) apreço pelo fim do “silêncio recíproco” entre os Estados Unidos e Cuba, dois países que citou como exemplo das “pontes construídas” pelo diálogo. Em discurso feito na Sala Régia do Palácio Apostólico perante membros do corpo diplomático no Vaticano, o papa citou vários conflitos internacionais e mencionou “alguns frutos de paz”, que demonstram que “a cultura do encontro é possível”.
“Um exemplo que aprecio particularmente, de como o diálogo pode verdadeiramente edificar e construir pontes, é a recente decisão dos Estados Unidos e de Cuba de pôr fim a um silêncio recíproco, que durou meio século, e de se aproximarem para o bem dos cidadãos”, afirmou.
No dia 17 de dezembro, os dois países anunciaram o restabelecimento das relações diplomáticas, num processo que contou com a mediação do Vaticano.
*Com Agência Brasil
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