O eurodeputado espanhol e também vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores do Parlamento Europeu, Javier Couso, pediu à União Europeia uma posição formal sobre o polêmico processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Couso, membro da coalização Esquerda Unida, enviou na última segunda-feira (2) uma carta à chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, para encaminhar o seu pedido. No texto, o eurodeputado diz que o Brasil está vivendo um “golpe brando” e que “quer saber qual é a postura da União Europeia em tudo isso [situação política no Brasil]”. De acordo com Couso, “A UE precisa ter um posicionamento claro diante do que está ocorrendo, porque está pondo em risco a democracia brasileira”.
O parlamentar escreve que o processo contra a presidente está interrompendo “a normalidade institucional” do País e a oposição tem a única intenção de “ganhar por trapaça o que não conseguiu ganhar nas urnas”.
Couso pide a la #UE que se posicione frente al “golpe blando” contra Rousseff en #Brasil https://t.co/SmTUahnzYQ pic.twitter.com/onmtKsqhJj
— Sputnik Mundo (@SputnikMundo) 2 de maio de 2016
Quanto aos parlamentares brasileiros favoráveis ao impeachment, “eles contam com o apoio do setor empresarial, financeiro e midiático” e “tentam tirar do poder um governo eleito democraticamente pelo povo brasileiro, com mais de 54 milhões de votos”.
Para o eurodeputado o processo do impeachment “é um escândalo” na medida em que “boa parte desses deputados que votaram para derrubar Dilma estão sendo investigados por corrupção”.
Em fevereiro, Couso já tinha se recorrido à chefe da diplomacia europeia sobre o acordo assinado pela UE com a Turquia que prevê o envio de refugiados sírios para o país onde os direitos dos homens são “constatáveis”.
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