Após anos de conflitos e diante da falta de visitas, o que impede a captação de recursos, muitos animais dos zoológicos da Faixa de Gaza estão passando fome e morrendo.
Em reportagem especial, a agência Associated Press (AP) narrou que o tigre africano de um zoológico situado no sul de Gaza, cujos ossos despontam em seu corpo, está há dias sem comer.
O dono do estabelecimento, Mohammed Ouida, explicou que, para alimentar o animal são precisos cerca de 100 shekels por dia, algo por volta de R$ 100.
“As pessoas já tem dificuldade para encontrar alimentos para si mesmas, imagine para os animais”, explicou.
O leão resiste, mas muitos outros animais do local já morreram, não somente em decorrência da fome, mas também de surtos e ou das baixas temperaturas nos invernos.
As condições da população de cerca de 1,8 milhão de pessoas em Gaza piorou bastante nos últimos anos, principalmente desde que o Hamas tomou controle do território em 2007 e o governo de Israel respondeu endurecendo o bloqueio.
De acordo com dados do Banco Mundial, cerca de 43% da população sofre com o desemprego e com a falta de diversos alimentos e produtos, como gás e eletricidade.
A reportagem destaca, no entanto, que os donos dos zoológicos da região não são exatamente conhecidos por se preocupar com o bem-estar dos animais e que vários casos de maus tratos ou de desconhecimento de como lidar os bichos foram registrados. A maior parte dos zoológicos são negócios privados, administrados por pessoas que não têm conhecimento do cuidado de animais.
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