Os 13,3 milhões de eleitores do Sudão são chamados às urnas a partir de hoje (13), durante três dias, para eleições presidenciais, legislativas e regionais que deverão manter no poder o presidente Omar Al Bashir.
Presidente há quase 26 anos, Al Bashir, de 71 anos, concorre com mais 15 candidatos pouco conhecidos. A maioria dos partidos de oposição repete o boicote eleitoral de 2010.
Os resultados das eleições devem ser divulgados no fim de abril.
As eleições que começam hoje são as segundas multipartidárias desde que Omar Al Bashir chegou ao poder, em junho de 1989, por meio de um golpe de Estado.
O NCP, partido que preside, e seus aliados controlam o funcionamento do Estado, enquanto os dissidentes e a imprensa são reprimidos.
Depois de anos de divisão, a oposição apresentou uma frente unida e constituiu em dezembro de 2014 o movimento Apelo do Sudão, que se propôs a negociar com o NCP, em março, um diálogo nacional. O presidente prometeu fazê-lo, mas apenas depois das eleições.
Há anos, o Sudão está isolado internacionalmente, sendo desde 1997 alvo de embargo econômico norte-americano devido a denúncias de violações dos direitos humanos e ligações com o terrorismo. O país abrigou o líder da Al Qaeda, Osama Bin Laden, durante cinco anos, no início dos anos 1990.
Em 2009, o Tribunal Penal Internacional divulgou mandado de prisão em nome de Al Bashir por crimes de guerra e contra a humanidade em Darfur, Região Oeste do país que enfrenta conflito étnico-cultural desde 2003.
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