Investigadores encontraram no local do desastre com o Airbus A321 da companhia russa Kogalymavia, na península egípcia do Sinai, elementos “que não têm a ver com a estrutura da aeronave”. Segundo a agência de notícias “Tass”, controlada por Moscou, esse itens foram enviados para análise. No entanto, especialistas ouvidos pelo veículo dizem que podem se tratar, por exemplo, de equipamentos de mergulho transportados por algum dos passageiros.
A queda do avião, ocorrida no último sábado (31), deixou 224 mortos, incluindo 17 crianças. Todos os ocupantes do voo eram russos e estavam voltando de um resort em Sharm el Sheikh, no mar Vermelho. No dia do desastre, o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) chegou a reivindicar um suposto atentado contra o Airbus, mas Moscou desmentiu rapidamente. O eventual ataque seria uma resposta às ações da Aeronáutica da Rússia contra a organização terrorista na Síria.
Um satélite norte-americano registrou um clarão e um aumento de temperatura no momento do acidente com o Airbus A321 da companhia russa Kogalymavia, na região do Sinai, no Egito, informou nesta terça-feira (3) a emissora CNN, o que poderia indicar a explosão de uma bomba. Citando uma fonte ligada à investigação da tragédia, que deixou 224 mortos, a CNN disse que os serviços secretos norte-americanos estão investigando se o relâmpago ocorreu no ar ou em solo.
O clarão poderia indicar uma série de possibilidades, como a explosão de um artefado dentro do avião, problemas no motor da aeronave ou falhas estruturais. Jornais russos noticiaram nesta manhã que os primeiros registros analisados pelas autoridades do Egito mostram que houve uma situação de emergência, com “barulhos não característicos de um padrão normal” de voo. “Houve repentinamente uma situação de emergência a bordo que pegou a tripulação de surpresa e os pilotos não tiveram tempo de enviar um sinal de socorro”, escreveu a agência Interfax.
Nesta segunda, a Kogalymavia afirmou que o avião fora derrubado por “forças externas”. “Um A321 não pode se quebrar no ar por causa de um mau funcionamento de qualquer sistema técnico”, disse um dirigente da companhia à agência de notícias russa Ria Novosti. No entanto, Moscou se apressou a desmentir a informação, dizendo que, “apesar de nenhuma hipótese estar excluída”, é “prematuro” fazer a afirmação.
No dia do desastre aéreo, o grupo terrorista Estado Islâmico (EI, ex-Isis) chegou a assumir o atentado como uma resposta aos ataques russos na Síria, iniciados no fim de setembro. Especialistas, no entanto, disseram que seria difícil atingir um avião com um míssil externo, levando em conta a altitude da aeronave no momento do acidente.
Mortos
Nesta terça-feira (3), chegou a São Petersburgo o segundo avião com restos mortais dos passageiros do A321, que caiu no último sábado. Um primeiro avião com 144 corpos chegou à cidade russa na segunda de manhã. As autoridades locais já conseguiram identificar nove vítimas. Todos os passageiros do avião eram russos e estavam retornando de um resort em Sharm el-Sheikh, no Mar Vermelho. Atualmente, os turistas russos estão entre os principais visitantes do Egito.
O voo 9268 da Kagalymavia desapareceu dos radares e caiu após 23 minutos da decolagem, com 217 passageiros, sendo 17 crianças, e sete tripulantes. O primeiro-ministro do Egito, Sharif Ismail, disse que o avião caiu após o piloto solicitar um pouso de emergência. De acordo com a direção-executiva da Comissão de Avião Russa, o veículo se partiu em pleno voo.
Deixe um comentário