Em discurso anual, Obama diz que EUA superaram recessão

Barack Obama dá sinal de positivo para John Kerry após Discurso da União - Foto: Reprodução/nypost.com
Barack Obama dá sinal de positivo para John Kerry após discurso anual sobre Estado da União – Foto: Reprodução/nypost.com

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou na terça-feira (20) que o país superou a recessão econômica. No tradicional discurso anual sobre o Estado da União, o mandatário pediu o fortalecimento de “uma economia de classe média”. “As sombras da crise foram superadas e a situação da América é hoje mais forte”, disse Obama, diante de um Congresso com maioria republicana.

“Não aceito uma economia que dá enormes vantagens a poucos”, afirmou o mandatário, prometendo trabalhar na construção de “uma economia que gere aumento de renda e ofereça possibilidades a todos”. 

Como exemplo, ele citou a igualdade salarial entre homens e mulheres e a necessidade de um aumento do salário mínimo. 

“Estamos em 2015. Já é hora de as mulheres serem pagas como os homens, em paridade no mercado de trabalho”, criticou. “Tentem sustentar uma família trabalhando em tempo integral e ganhando menos de US$ 15 mil ao ano”, disse Obama aos congressistas.

Em seu discurso, o presidente dos EUA também falou sobre o combate ao terrorismo e sobre o embargo à Cuba, país com o qual retomou relações bilaterais depois de mais de 50 anos. 

“Continuaremos na busca por terroristas e pelo desmantelamento de suas redes. Nos reservamos o direito de agir unilateralmente contra os terroristas que representam uma ameaça direta a nós e aos nossos aliados”, comentou Obama, ressaltando que os EUA “aprenderam a lição dos últimos 13 anos. Em vez de  enviarmos tropas terrestres a outro continente, fazemos alianças com países do sul da Ásia e do norte da África para negar refúgio a terroristas que ameaçam a América”, afirmou, referindo-se às estratégias adotadas de criar coalizões internacionais para combater grupos terroristas, como o Estado Islâmico (EI, ex-Isis), que tenta criar um califado sunita no norte da Síria e do Iraque.

Sobre as relações diplomáticas com Cuba, Obama pediu para o Congresso norte-americano colocar fim ao embargo à ilha. “Como disse Sua Santidade, o papa Francisco, a diplomacia é um trabalho de pequenos passos. Esses pequenos passos abrem uma nova esperança para o futuro de Cuba”. 

Cuba e EUA anunciaram em dezembro do ano passado uma série de medidas de reaproximação, como novas leis para viagens e remessas de dinheiro. O acordo foi mediado pelo líder da Igreja Católica. 

Por fim, Obama reforçou seu compromisso de fechar a prisão norte-americana de Guantánamo, que tinha sido sua promessa eleitoral. “Não faz sentido gastar US$ 3 milhões por prisioneiro para manter aberta uma prisão que o mundo condena e que terroristas usam para recrutar”, disse. 


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