Foto Reprodução
Sem realizar um discurso desde junho do ano passado, o presidente sírio Bashar al-Assad fez uma aparição neste domingo, dia 6, onde solicitou que o país se mobilize na luta contra “inimigos extremistas” e “terroristas da al-Qaeda”, afirmando que a iniciativa para desestabilizar seu governo vem de fora do país. O primeiro discurso do presidente sírio em seis meses foi realizado na Casa de Cultura e das Artes, em Damasco, capital do país. As informações são do portal G1
Assad também afirmou que pretende realizar uma “iniciativa de paz” para encerrar a guerra civil que já perdura por 21 meses no país e que já deixou mais de 60 mil mortos. O presidente sírio afirmou que deseja realizar uma “conferência de reconciliação” seguida de um novo governo, mas a sugestão deverá ser rejeitada pela oposição, que afirmou que só negociará caso Assad deixe o poder.
“O primeiro estágio de uma solução política exigiria que as potências regionais parem de financiar e armar (a oposição), o fim das operações terroristas e o controle das fronteiras”, disse Assad durante seu discurso. O presidente aproveitou para agradecer a China, a Rússia e o Irã por não intervirem nos assuntos internos da Síria.
Assad também afirmou que seu governo “nunca rejeitou uma solução política”, mas voltou a afirmar que “não negociará com extremistas e com pessoas cuja língua é o terrorismo”. Ele ainda afirmou que o conflito não é entre ele e seus opositores, mas sim entre a Síria e inimigos que querem a divisão do país.
Por sua vez, a oposição rejeitou qualquer tratativa de paz com Assad. Assad simplesmente queria, com a iniciativa que ele propôs, interromper o caminho para se chegar a uma solução política que pode resultar da próxima reunião com Brahimi (representante mediador da ONU, Lakhdar), o que a oposição não aceitará, a menos que ele e seu regime saiam”, declarou Walid Buni, porta-voz da Coalização Nacional, em declaração veiculada pela agência Reuters.
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