Em entrevista, chargista disse que não cederia a extremistas

Charb - Foto: Ji Elle/Fotos Públicas (07.01.2015)
Charb – Foto: Ji Elle/Fotos Públicas (07.01.2015)

Stéphane Charbonnier, conhecido como Charb, diretor do semanário “Charlie Hebdo” que foi assasinado hoje, dia 7, em um atentado na sede da publicação, disse em entrevista concedida à ANSA em 2012 que “não devemos ceder a uma minoria que nos toma de reféns”.

Na época a “Charlie Hebdo” estava na mira de fundamentalistas por fazer charges com Maomé – retratar o profeta é proibido pela lei islâmica e atitude desagradou radicais.

“Mas grande parte dos muçulmanos dão risada das nossas tirinhas”, destacou Charb.

“Se amanhã desistirmos de desenhar Maomé, os fundamentalistas vão cantar vitória e a situação irá avançar ainda mais. Se cedermos, no final haverá apenas uma página em branco”, concluiu.

Charb morreu junto a outras 11 pessoas em meio a um atentado perpetrado na manhã desta quarta-feira, dia 7, na sede da publicação em Paris.

Outras oito pessoas ficaram feridas, quatro delas em estado grave, após homens encapuzados invadirem a sede da revista abrindo fogo contra jornalistas e chargistas. 


Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.